O cuidar de pessoas idosas com limitação permanente ou temporária, vai além de monitorar atividades diárias. Quando o Serviço de Atenção Domiciliar (AD2) é acionado, percebe-se que o cuidado para com o idoso dependente é, muitas vezes, uma atitude de amor, mas também de obrigação, onde existe um viés para além da patologia do idoso atendido. É notório o estresse, ansiedade e angústia de quem cuida, que muitas vezes não tem atendimento especializado. Esse trabalho visa discutir os impactos na saúde mental do cuidador que lida com idosos dependentes. Na metodologia, foi realizada uma revisão da literatura, entre março e abril de 2023, com busca de material na base de dados da BVS, no período de 2018 a 2022, e palavras chaves: “idoso”, “cuidador” e “saúde mental”, nos idiomas: português e inglês. Os resultados apontam que a prevalência no impacto da saúde mental dos cuidadores de idosos que necessitam de atenção domiciliar de média complexidade, é maior que outras patologias que acometem cuidadores de idosos em geral. A literatura denota evidências de alterações emocionais, físicas e sociais em cuidadores, sendo essencial, nesse processo, ampla estrutura de apoio para enfrentar as diferentes etapas do cuidado. O cuidador principal deve reconhecer seus limites, e saber o momento de pedir ajuda. O não reconhecimento da necessidade de auxílio pode trazer sentimento de culpa, desgaste físico, estafa e exaustão mental. Conclui-se, que é importante que os profissionais em saúde, orientem o cuidador, e articulem junto a família do idoso uma rede de proteção a ser acionada no apoio aos cuidados diários. Salienta-se também, a importancia da educação em saúde e políticas públicas de fortalecimento de vínculos junto a família do idoso, para minimizar os impactos sofridos pelo cuidador que lida, diariamente, com a pessoa idosa totalmente dependente.