A cirurgia de estomia pode contribuir para prolongar a expectativa de vida das pessoas e auxiliá-las na retomada das atividades cotidianas. No entanto, a população idosa pode vivenciar desafios com relação aos cuidados, o que torna a enfermagem indispensável na assistência a esses pacientes. Nesse contexto, este estudo buscou identificar o perfil sociodemográfico e clínico de pessoas idosas com estomia atendidas pelo Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa Ostomizada. Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido no Centro Estadual de Reabilitação e Atenção Ambulatorial Especializada em Natal/RN. A coleta de dados foi realizada de setembro de 2022 à abril de 2023, através de questionário com 15 pessoas idosas com estomias. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob parecer nº 5.630.969. A análise sociodemográfica expôs uma predominância de indivíduos do gênero feminino (60,0%), católicos (93,3%), com companheiro (73,3%), ensino fundamental completo (60,0%), aposentados (93,3%), e com renda mensal de um salário mínimo (53,3%). A comorbidade mais apresentada foi a hipertensão arterial (80,0%) e a causa mais relatada foi as neoplasias (80,0%). Na avaliação das características clínicas, observou-se uma maioria de pacientes com colostomia (66,7%), e estomias temporárias sem data definida para reversão (53,3%) e com duração de 1 a 5 anos (73,3%). O estudo permitiu identificar o perfil sociodemográfico e clínico de pessoas idosas com estomia atendidas no Serviço de Atenção à Saúde da Pessoa Ostomizada em Natal/RN. A compreensão dessas características desempenha um papel importante na formulação de estratégias voltadas para o acolhimento, suporte terapêutico, reabilitação e aprimoramento contínuo dos serviços de assistência. Além disso, conhecer o perfil dos pacientes atendidos pelo serviço confere ao enfermeiro o conhecimento necessário para traçar uma percepção holística do contexto regional, o que facilita a implementação de intervenções mais eficazes.