O abandono do tratamento de tuberculose é uma questão relevante e preocupante na saúde pública mundial. Quando se trata da população idosa, ganha-se ainda mais proporção, uma vez que, associa-se, erroneamente, o idoso à terminalidade de vida e sem muito prognóstico de cura. Objetivou-se discutir a respeito dos principais fatores associados ao abandono do tratamento para Tuberculose em idosos. Tratou-se de um estudo de Revisão Integrativa da Literatura, de 2019 a 2023, por meio do portal de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), nas bases de dados: MEDLINE, LILACS, Scopus e Web of Science. Utilizou-se os seguintes descritores: Tuberculose, Idosos e Pacientes Desistentes do Tratamento e foi utilizada a ferramenta Rayyan QCRI, de forma independente e pareada, para a escolha dos manuscritos. O estudo seguiu as recomendações das diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) e teve como pergunta norteadora: O que há disponível na literatura atual sobre os fatores associados ao abandono do tratamento para Tuberculose em idosos? Identificou-se que o abandono do tratamento para tuberculose em idosos é multifatorial, envolvendo esferas social, da saúde e do próprio tratamento, entre outras. No âmbito social, encontra-se como fator a ausência ou baixo grau de escolaridade, bem como a baixa renda familiar e exclusão social vivenciada por muitos idosos. Na saúde, hábitos de vida como alcoolismo, tabagismo, falta de atividade física, alimentação inadequada, entre outros fatores, contribuem para o abandono do tratamento. Outros determinantes no abandono referem-se a pontos relativos ao próprio tratamento, como efeitos colaterais dos medicamentos, dificuldade de acesso aos fármacos, o tempo do tratamento, ser reingresso no serviço após já ter abandonado uma vez o tratamento, a falta de explicação sobre o tratamento por parte dos profissionais de saúde, entre outros fatores.