Na contemporaneidade globalizada, nos ambientes de trabalho encontram-se trabalhadores idosos, com possíveis alterações crônicas, as quais podem ser exacerbadas pelos vários tipos de atividades laborativas que realizam. O objetivo deste estudo foi tecer considerações sobre a cronicidade e sua influência na saúde do trabalhador idoso. Tratou-se de uma revisão narrativa da literatura. Não foram consultados livros/capítulos e sim foi realizado um levantamento da literatura existente na base de dados Medline por meio do Pubmed, além de terem sido consultadas as bibliotecas virtuais SciELO e Science Direct, sobre a temática do trabalhador idoso e suas alterações crônicas para identificar em quais tipos de atividades estas pessoas trabalham e quais são as alterações apresentadas. Obteve-se que os trabalhadores idosos identificados nos variados estudos nacionais e internacionais (China, Holanda, Estados Unidos, Itália, Portugal, Japão, Espanha) apresentaram alterações, em sua maioria crônicas, decorrentes de seu processo natural de envelhecimento, mas exacerbadas pelas diversas condições dos ambientes de trabalho. Entende-se, então, que o envelhecimento, por si só, é um processo heterogêneo, que sofre a influência de fatores sociais, econômicos, ambientais e das comorbidades, variando para cada pessoa. Assim, o idoso inserido no mercado informal de trabalho pode adicionar às limitações próprias da idade outros problemas, advindos dos ambientes laborais aos quais está inserido. Entretanto, pelas caraterísticas que adquire ao longo da vida, muitas vezes, inclusive, apresenta um bom desempenho laboral, devido aos atributos que muitos dos jovens não possuem, como, por exemplo, resiliência, maturidade e autopercepção positiva do seu próprio envelhecimento.