O câncer é um problema mundial de saúde pública devido sua magnitude e incidência, sobretudo na população idosa. A doença e seu tratamento trazem consigo impactos psicobiológicos significativos aos pacientes, a exemplo do surgimento de sintomas depressivos que podem desencadear ou agravar a fadiga, efeito colateral mais evidente durante a terapia, contribuindo para piores condições de vida e saúde. O objetivo deste trabalho foi avaliar a presença de sintomas de depressão e fadiga de pessoas idosas em tratamento oncológico. Trata-se de um estudo exploratório, transversal, de abordagem quantitativa, realizado em um Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia no município de João Pessoa, Paraíba, Brasil, com uma amostra de 139 participantes. Para a coleta de dados, foram utilizados um instrumento semiestruturado para obtenção de dados referentes ao perfil sociodemográfico e clínico, o Inventário de Beck para Depressão e a Escala European Organization for Research and Treatment of Cancer QLQ-FA 13. Os dados foram analisados com auxílio do software Statistical Package for the Social Sciences versão 22.0, adotando-se nível de significância de 0,05. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba, sob parecer Nº 2.782.097. Em relação ao perfil dos pacientes, foi observada maior frequência do sexo feminino, com 60 anos a 69 anos, casados, com um a quatro anos de estudo, renda familiar de um a três salários mínimos, procedência do interior da Paraíba, com câncer de mama e realizando quimioterapia. Evidenciou-se que 36,7% dos participantes referiram presença de sintomas depressivos e 92,7% referiram fadiga, sendo a dimensão física a mais comprometida. Na correlação entre sintomas depressivos e fadiga, observou-se correlação positiva com significância estatística, evidenciando que o aumento da depressão está correlacionado ao aumento da fadiga.