Quedas podem ser definidas como o evento em que a pessoa cai no solo, excluindo-se a mudança intencional da posição para repouso na mobília, parede ou objetos. São comuns em pessoas idosas, e quando não resultam em morte, são causa de dores e prejuízo funcional, além de ocasionar recuperação prolongada e de alto custo. O objetivo deste estudo foi avaliar o risco de quedas em pessoas idosas participantes de um programa de extensão universitária em meio aquático. A avaliação fisioterapêutica foi realizada no mês de março de 2023 com 25 pessoas idosas a partir dos testes: time up and go (TUG), que consiste em levantar de uma cadeira, caminhar até uma linha reta a 3 metros de distância, virar, caminhar de volta e sentar-se novamente no menor tempo possível; velocidade da marcha de 10m (TVM), sendo 2m iniciais para aceleração e 2m finais para desaceleração, computando-se o tempo que idoso percorre 8m; e sentar e levantar de 5 repetições (TSL), que reproduz o ato, em cinco repetições realizadas tão rapidamente quanto possível. Houve predominância do sexo feminino (88%), a média de idade foi de 70,7 anos, 56% realizaram o TUG em menos de 10 segundos, 64% obtiveram velocidade superior à 0,8m/s no TVM e no TSL a média de tempo atingida durante a execução foi de 13,7 segundos. Diante dos achados, observa-se que a maioria dos participantes possui independência funcional, baixo risco de quedas, boa mobilidade e capacidade para realização de exercícios físicos, condição esta que pode ser otimizada a partir da realização de condutas terapêuticas em meio aquático voltadas para propriocepção, equilíbrio, marcha, habilidades motoras, e força muscular, o que contribui para a prevenção de quedas, proporciona bem-estar e qualidade de vida à pessoa idosa.