Introdução: Os benzodiazepínicos (BZD) estão entre os medicamentos mais consumidos pelos idosos, receitados entre quatro de dez pacientes nos postos de saúde e utilizados para o tratamento de insônia, outros distúrbios do sono, além de ansiedade, depressão, abstinência alcoólica e tabagismo. Entretanto, seus usuários desconhecem os efeitos colaterais futuros de tomá-los de forma crônica, principalmente, na velhice. Objetivo: Analisar o acervo científico sobre a prescrição crônica dos benzodiazepínicos para os idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura na Biblioteca Virtual de Saúde com os descritores: “Health Services for the Aged” e “Benzodiazepines” e os filtros: texto completo; Bases de dados: MEDLINE e LILACS; Idiomas: inglês e português; Assunto principal: Serviços de Saúde para Idosos; 2017 a 2022. Resultados e Discussão: Dos 7 artigos, excluiu-se 3 por incompatibilidade temática. Os efeitos terapêuticos dessas drogas são de curto prazo, mas seu uso prolongado tende a causar dependência física e psíquica, além de outros efeitos indesejáveis como quedas frequentes, fraturas, aumento do risco de disfunção cognitiva, demência, sedação e confusão mental. Porém, ainda há a cultura de prescrição e renovação desses medicamentos, muitas vezes, sem o contato presencial do médico com o paciente, o que só perpetua o seu uso prolongado. As evidências ainda referem que, em idosos com demência, os BZD frequentemente, interagem com antipsicóticos, o que só aumenta o risco de perda de memória. Por conseguinte, a literatura classifica essas drogas como inapropriadas para idosos por causa do potencial risco de eventos adversos e dos benefícios limitados de sua utilização de forma contínua. Conclusão: Logo, deve haver o fomento de protocolos de desprescrição desses medicamentos entre os idosos a partir da redução gradual da dose, evitando sintomas de abstinência como alucinação, insônia e tonturas, até a retirada parcial ou completa do medicamento.