As novas abordagens terapêuticas disponíveis para o tratamento de pessoas portadoras da hemofilia tem aumentado expressivamente a qualidade de vida e longevidade dos mesmos, sendo necessário ampliar o espectro do cuidado não apenas referente a essa doença hematológica, mas também a complicações associadas ao envelhecer desses pacientes. As tendências a sangramentos somadas ao desenvolvimento de doenças crônicas comuns no envelhecimento como hipertensão, diabetes, cardiopatias, nefropatias e artropatias se mostram um desafio para os profissionais de saúde não acostumados a lidar com esse perfil de paciente. O referencial teórico para essa pesquisa foi a base de dados BVS, utilizando os assuntos ‘HEMOFILIA’ AND ‘ENVELHECIMENTO’, e filtrando os textos por ‘texto completo disponível’, ‘base de dados MEDLINE’, e o intervalo entre as publicações de 2014 a 2023. Foram achados 27 textos, com 11 fugindo do tema ao falar exclusivamente da doença de Von Willebrand, sendo 16 textos utilizados no artigo, com o idioma dos textos sendo o inglês. Os principais resultados dos estudos foram a maior dificuldade em tratar pacientes portadores de hemofilia, principalmente no âmbito de doenças crônicas descompensadas relacionadas ao envelhecer, na associação a outras doenças secundárias, e nos pacientes que possuem histórico familiar importante dessas doenças crônicas. A prevenção primária com o tratamento adequado da hemofilia e de possíveis doenças crônicas associadas ao envelhecimento se mostrou indispensável para o cuidado desses pacientes, reduzindo os riscos de complicações severas como hemorragia intracraniana, que aumenta expressivamente sua incidência após os 50 anos, e artropatia hemorrágica, a principal causa de intervenções ortopédicas.