A pandemia de covid 19, desencadeou uma série de situações inéditas na vida de milhões de pessoas em todo o mundo, dentre essas destaca-se as angústias provocadas pela necessidade de distanciamento social, que também afetou o funcionamento dos hospitais. Com a necessária proibição das visitas presenciais, pacientes e familiares estiveram distantes em um momento em que a rede de apoio emocional deveria ser maior com o fortalecimento do vínculo familiar. O contato e repasse de informações clínicas dos pacientes e seus familiares só puderam acontecer mediante intermédio dos profissionais de saúde e as tecnologias existentes. Nesse sentido, destaca-se os ganhos, no contexto histórico pandêmico, advindos da humanização exercida pelos profissionais de saúde, no fortalecimento e garantia das relações, que se utilizaram de recursos tecnológicos para o estreitamento dos contatos. A Política Nacional de Humanização (PNH), tem, dentre outros objetivos, aumentar a qualidade das informações entre as pessoas. Assim, destaca-se o impacto positivo da visita virtual exercida pela equipe de psicologia do Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), que repercutiram na redução de delirium, ansiedade dos pacientes e para os familiares a satisfação com o cuidado ofertado para os pacientes e a possibilidade de um contato visual mínimo entre todos. Com o objetivo de diminuir os impactos emocionais negativos, o HECPI corroborou com esse compromisso de humanização quando priorizou os atendimentos virtuais. A equipe de psicologia realizava as chamadas de vídeo intendente do estado clínico do paciente, ressaltando que sempre havia atendimento psicológico com os familiares e pacientes, antes, durante e depois das visitas virtuais, a fim de garantir acolhimento emocional de todos os envolvidos. Constatou-se também que as visitas virtuais permitem a manutenção dos vínculos, sensação de pertencimento familiar, a partilha de notícias e contribuiu, em casos de finitude de vida, em oportunizar despedidas e a vivência do luto