O presente estudo aborda a situação insatisfatória da Educação do Campo no Brasil, e essa precariedade se dá por meio da falta de políticas públicas voltadas para o campo. Dificuldades como a falta de infraestrutura nas escolas, longas distâncias para percorrer, professores desprovidos de capacitação e a desconexão entre o conteúdo escolar e a realidade vivenciada pelos estudantes têm contribuído para o esquecimento das raízes culturais do campo e da identidade desses alunos da zona rural. É possível notar a importância de adaptar os conteúdos curriculares para se alinhar com as realidades e experiências vivenciadas dos alunos, a fim de promover um olhar crítico sobre o próprio contexto e estimular a autoestima dos estudantes rurais. A pesquisa foi realizada na zona rural de Guarabira-PB, que engloba cerca de 20 povoados e diversos sítios adjacentes. Dentro dessa área, há um total de 14 instituições educacionais, incluindo dez escolas e quatro creches. Somente uma escola é administrada pelo estado e oferece o ensino fundamental II, enquanto as demais pertencem ao município e oferecem até o primeiro segmento do ensino fundamental (1º ao 5º ano). Muitos percalços são encontrados na educação do campo, há a necessidade de propiciar uma aproximação educacional que leve em conta a identidade e a realidade desses estudantes rurais. Em conclusão, destaca-se a necessidade do reconhecimento da cultura e das raízes locais, que é de grande importância, para proporcionar uma educação mais significativa, para que não se perca a essência e suas origens.