A pesquisa em Geografia Infantil tem experimentado um notável crescimento recentemente, à medida que crianças desenvolvem suas identidades em ambientes diversos. Este estudo explora a relação entre a infância, espaços de resistência e a dimensão educativa. As ocupações urbanas, espaços de resistência criados por movimentos sociais em resposta a disputas territoriais, desempenham um papel crucial nesse contexto. Utilizamos uma revisão de literatura baseada em autores renomados, como Callai, Kraftl, Lopes e Vasconcellos, que investigam múltiplas territorialidades infantis e a relação entre crianças e cidades. Esta revisão nos ajuda a traçar conexões entre a relação das crianças com espaços de resistência e a dimensão educativa dentro dessas ocupações urbanas. Um dos aspectos mais interessantes que emergiu deste estudo é a criação de cartografias que revelam como as crianças percebem e se integram com o ambiente ao seu redor. Nas ocupações urbanas, as territorialidades das diversas infâncias podem ser compreendidas por meio do ato de brincar, das formas de integração com o espaço e da autonomia para explorar a comunidade, apesar dos conflitos que possam existir. Além disso, este estudo destaca a importância crucial das atividades educativas voltadas para o público infantil. Estas atividades atuam como uma ponte entre o espaço de vivência das crianças e a escola à qual estão vinculadas, proporcionando uma formação que conecta de forma significativa a realidade cotidiana das crianças