A inserção dos computadores em sala de aula torna-se cada vez mais frequente, propiciando ao ambiente escolar um artefato didático-pedagógico que possibilita potencializar a aprendizagem de conceitos em diferentes áreas de conhecimento, introduzir elementos contemporâneos na qualidade profissional e de modernizar a gestão escolar (PONTE et al, 1997). Sorj e Guedes (2005) defendem que a formação continuada dos professores com o uso da tecnologia deve ser constante para que o mesmo possa trabalhar as ferramentas computacionais disponíveis, melhorando a qualidade do ensino. Alinhando-se a isso, as mudanças nas práticas sociais de leitura e de escrita derivam, principalmente, do uso de TICs, que implicam letramento digital (XAVIER, 2005). Dessa forma, acredita-se que nos cursos de formação de professores de (públicos ou privados) é fundamental e de extrema urgência, que se trabalhe o letramento digital, uma vez que os professores em ação precisam fazer uso desse novo paradigma, as TICS, no exercício efetivo de sua docência. Assim, esse artigo investiga de que maneira ocorre o processo de letramento digital de professores, a partir da utilização de softwares (programas) educativos como instrumentos de mediação no processo de ensino-aprendizagem, em uma cidade no interior do Rio Grande do Norte. Esse estudo é resultado de uma pesquisa executada em um programa de extensão financiado pelo edital PROEXT MEC/SESU ano 2014, com o titulo de “Informática na Educação: utilização de softwares educativos como mediadores do processo ensino-aprendizagem”, cujo objetivo principal é a formação continuada do professor da educação básica para o uso das TICs em sala de aula. Os resultados indicam que é necessário buscar meios que atraiam o interesse dos professores para efetivamente participar de programas, projetos e cursos (oferecidos gratuitamente pelo governo federal, no caso dessa pesquisa), que visem ao letramento digital tanto do aluno como do professor.