Este estudo objetivou conhecer as estratégias pedagógicas desenvolvidas por professores(as) do agreste pernambucano para o ensino da matemática a estudantes surdos(as). Fundamentamo-nos na perspectiva pós-estruturalista do discurso (LACLAU; MOUFFE, 2001), nos estudos culturais (OLIVEIRA, 2009) e nos estudos surdos (SKLIAR, 2010). O corpus foi constituído por transcrições de entrevistas semi-estruturadas com professores/as de matemática. Consiste num estudo exploratório e descritivo (GIL, 1999). A maioria dos participantes eram graduados e atuavam em escolas da rede pública, destes, 75% possuíam especialização, 67% dos/as entrevistados/as com faixa etária de 35 a 40 anos. Mais de 83% afirmou não ter cursado disciplinas sobre educação inclusiva na universidade. Verificou-se que as práticas propostas para os/as estudantes surdos/as são as mesmas elaboradas para os/as ouvintes. Tais aspectos evidenciam a carência do tema nos currículos da maioria dos cursos de formação inicial e continuada de professores/as e enfatizam que esta questão precisa ser superada.