Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

INTERDISCIPLINARIDADE EM CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA: RELATO SOBRE UM PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM UMA PRÁTICA DE ENSINO INTERDISCIPLINAR

"2018-12-03 23:00:00" // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
App\Base\Administrativo\Model\Artigo {#1843 // app/Providers/../Base/Publico/Artigo/resources/show_includes/info_artigo.blade.php
  #connection: "mysql"
  +table: "artigo"
  #primaryKey: "id"
  #keyType: "int"
  +incrementing: true
  #with: []
  #withCount: []
  +preventsLazyLoading: false
  #perPage: 15
  +exists: true
  +wasRecentlyCreated: false
  #escapeWhenCastingToString: false
  #attributes: array:35 [
    "id" => 51483
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 81
    "inscrito_id" => 26037
    "titulo" => "INTERDISCIPLINARIDADE EM CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA: RELATO SOBRE UM PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM UMA PRÁTICA DE ENSINO INTERDISCIPLINAR"
    "resumo" => "Resumo Construir ambientes colaborativos, de articulação entre teoria e prática, na formação inicial de professores, ainda é um desafio, embora esta ideia já seja preconizada há quase duas décadas no Brasil, desde o Parecer CNE/CP nº 28/2001, que define a prática como componente curricular. Na mesma direção, pesquisas apontam como caminho adequado para a formação do professor a articulação entre o estágio e a prática de ensino. Melo (2013), aponta a necessidade de um repensar sobre aspectos normativos e pedagógicos, indicando novos caminhos para que a Prática como Componente Curricular atinja os objetivos propostos na legislação. O mais recente documento sobre a formação de professores (BRASIL, 2015), que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada, no artigo 5º, indica que a formação de profissionais do magistério deve ser pautada na articulação entre teoria e prática e a exigência de se considerar a realidade das instituições de educação básica, de modo que se possa promover a "integração e a interdisciplinaridade curricular, dando significado e relevância aos conhecimentos e vivência da realidade social e cultural, consoantes às exigências da educação básica e da educação superior [...]" (p. 06). A partir de tal orientação, o interesse e a vontade de promover um trabalho mais articulado entre os cursos de licenciatura da universidade, motivou um grupo de professores a propor uma disciplina de "Prática de Ensino Interdisciplinar". Em 2016, como docentes das Práticas de Ensino das quatro licenciaturas da Unifei, estruturar a proposta de uma Prática Interdisciplinar, que possibilitasse um trabalho conjunto entre os alunos destas quatro licenciaturas, e em articulação com a escola básica. Um projeto piloto foi desenvolvido em 2017, com a participação das licenciaturas em Ciências Biológicas, Matemática e Química. Naquele momento a Física não pode participar devido a incompatibilidades de horários entre as práticas, que foram agrupadas num mesmo horário, sem se desvencilhar das disciplinas de prática oferecidas por cada curso. Atualmente está em curso uma segunda experiência, que continua pautada na junção de disciplinas, mas agora com a participação das quatro licenciaturas. A Prática Interdisciplinar (PEI), como é chamada, agora possui uma carga horária comum, de 4 horas aula semanais, com encontros presenciais coletivos de 2 horas aula semanais e outras 2 horas aula de estudos no ambiente virtual Moodle, sendo alguns coletivos e outros definidos por área. Na ementa estão previstos estudos sobre: Aspectos teóricos da Interdisciplinaridade e Interdisciplinaridade em Ciências da Natureza e Matemática. Além disso, são previstos momentos para a elaboração de projetos interdisciplinares em Ciências da Natureza e Matemática, para socialização e análise crítica dos projetos interdisciplinares propostos e posteriormente desenvolvidos na escola pública. Nessa prática buscamos discutir teoricamente os procedimentos, fundamentações e estrutura das propostas de abordagem interdisciplinar no ensino de ciências da natureza e matemática e orientar o desenvolvimento de projetos temáticos interdisciplinares aplicados no Ensino Médio ou 9º ano do Ensino Fundamental. Esta proposta está em consonância com a ideia de articulação entre teoria e prática, com a proposta de um trabalho de integração em entre escola e universidade, possibilitando, até mesmo para os licenciados que não estão realizando o estágio, ou que não participam do Programa de Iniciação à Docência (Pibid) ou Residência Pedagógica, uma verdadeira inserção no seu espaço profissional, com foco no trabalho interdisciplinar, que fomentado de forma mais incidente na nova resolução de 2015. Em 2017 os grupos de trabalho foram constituídos a partir de um "líder de grupo", sendo este necessariamente algum discente em contato com a escola pública por meio de Estágios ou do Pibid. Como resultados gerais dessa primeira experiência, destacamos algumas percepções de discentes e docentes. Os discentes ressaltaram que a interdisciplinaridade foi contemplada, sendo que cada uma das disciplinas contribuiu com atividades para o desenvolvimento do projeto. Entretanto uma dificuldade encontrada foi em relacionar os conteúdos que os alunos estavam estudando, no âmbito das disciplinas envolvidas, com o tema escolhido por eles. Sendo assim, apontaram que, para que o projeto produzisse mais frutos, seria necessário um contato maior com a escola e com os professores das disciplinas abordadas no projeto. Destacaram ainda a possibilidade de compreender as dificuldades que o profissional docente encontra ao buscar realizar projetos interdisciplinares na escola, alegando entretanto que, apesar de desafiadora, a proposta os levou a entender melhor o conceito da interdisciplinaridade e a desenvolver um trabalho em grupo. Segundo os licenciados, a prática interdisciplinar propiciou um aprendizado diferente daquele restrito apenas a própria área de formação. Foi possível, frente a experiência vivida, articular ainda modificações que poderiam tornar a proposta mais interessante para um possível futuro desenvolvimento do projeto. Desse modo, evidencia-se o quanto a experiência da Prática de Ensino Interdisciplinar, apesar de sua proposta desafiadora, contribuiu com a formação dos futuros professores e com a valorização das atividades e projetos interdisciplinares. A Prática de Ensino Interdisciplinar (PEI), instituída como disciplina comum às quatro licenciaturas da universidade, foi efetivada de forma completa no ano de 2018, contemplando licenciandos em Ciências Biológicas, Física, Matemática e Química, postos a elaborar propostas de projetos interdisciplinares a partir das demandas de cada escola onde seriam aplicados. Para nós, formadores, esta tem sido uma oportunidade ímpar de aprendizagem, pois temos conseguido refletir sobre as mudanças necessárias para que a formação inicial e continuada cumpra seu papel, de forma articulada e para que a Universidade, assuma seu compromisso com essa formação. Cabe ressaltar que a implementação de uma prática interdisciplinar não coloca em prática uma verdadeira parceria universidade escola, enquanto o professor não se torna co-formador dos licenciandos na universidade, em parceria com os docentes formadores, e enquanto estes docentes, não conseguem ter valorizado esse trabalho em sua própria instituição. Mas esse é um caminho que estamos construindo, e que tem nos permitido articular nossa participação em Programas como PIBID e Residência, já com esse foco interdisciplinar, que já possibilita uma parceria mais efetiva entre universidade e escola, devido a presença dos professores supervisores e preceptores dos dois programas. Referências BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Dá nova redação ao Parecer CNE/CP21/2001, que estabelece a duração e a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Parecer CNE/CP n.º 28/2001, de 02 de outubro de 2001. BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da União, 2015. MELO, M. V. As práticas de formação no Estágio Curricular Supervisionado na Licenciatura em Matemática: o que revelam as pesquisas acadêmicas brasileiras na década de 2001-2010. 2013. 420p. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Unicamp, Campinas (SP), 2013."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "443-26037-30112018-102120.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:39"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:15:30"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ELIANE MATESCO CRISTOVÃO"
    "autor_nome_curto" => "ELIANE"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #original: array:35 [
    "id" => 51483
    "edicao_id" => 104
    "trabalho_id" => 81
    "inscrito_id" => 26037
    "titulo" => "INTERDISCIPLINARIDADE EM CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA: RELATO SOBRE UM PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM UMA PRÁTICA DE ENSINO INTERDISCIPLINAR"
    "resumo" => "Resumo Construir ambientes colaborativos, de articulação entre teoria e prática, na formação inicial de professores, ainda é um desafio, embora esta ideia já seja preconizada há quase duas décadas no Brasil, desde o Parecer CNE/CP nº 28/2001, que define a prática como componente curricular. Na mesma direção, pesquisas apontam como caminho adequado para a formação do professor a articulação entre o estágio e a prática de ensino. Melo (2013), aponta a necessidade de um repensar sobre aspectos normativos e pedagógicos, indicando novos caminhos para que a Prática como Componente Curricular atinja os objetivos propostos na legislação. O mais recente documento sobre a formação de professores (BRASIL, 2015), que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada, no artigo 5º, indica que a formação de profissionais do magistério deve ser pautada na articulação entre teoria e prática e a exigência de se considerar a realidade das instituições de educação básica, de modo que se possa promover a "integração e a interdisciplinaridade curricular, dando significado e relevância aos conhecimentos e vivência da realidade social e cultural, consoantes às exigências da educação básica e da educação superior [...]" (p. 06). A partir de tal orientação, o interesse e a vontade de promover um trabalho mais articulado entre os cursos de licenciatura da universidade, motivou um grupo de professores a propor uma disciplina de "Prática de Ensino Interdisciplinar". Em 2016, como docentes das Práticas de Ensino das quatro licenciaturas da Unifei, estruturar a proposta de uma Prática Interdisciplinar, que possibilitasse um trabalho conjunto entre os alunos destas quatro licenciaturas, e em articulação com a escola básica. Um projeto piloto foi desenvolvido em 2017, com a participação das licenciaturas em Ciências Biológicas, Matemática e Química. Naquele momento a Física não pode participar devido a incompatibilidades de horários entre as práticas, que foram agrupadas num mesmo horário, sem se desvencilhar das disciplinas de prática oferecidas por cada curso. Atualmente está em curso uma segunda experiência, que continua pautada na junção de disciplinas, mas agora com a participação das quatro licenciaturas. A Prática Interdisciplinar (PEI), como é chamada, agora possui uma carga horária comum, de 4 horas aula semanais, com encontros presenciais coletivos de 2 horas aula semanais e outras 2 horas aula de estudos no ambiente virtual Moodle, sendo alguns coletivos e outros definidos por área. Na ementa estão previstos estudos sobre: Aspectos teóricos da Interdisciplinaridade e Interdisciplinaridade em Ciências da Natureza e Matemática. Além disso, são previstos momentos para a elaboração de projetos interdisciplinares em Ciências da Natureza e Matemática, para socialização e análise crítica dos projetos interdisciplinares propostos e posteriormente desenvolvidos na escola pública. Nessa prática buscamos discutir teoricamente os procedimentos, fundamentações e estrutura das propostas de abordagem interdisciplinar no ensino de ciências da natureza e matemática e orientar o desenvolvimento de projetos temáticos interdisciplinares aplicados no Ensino Médio ou 9º ano do Ensino Fundamental. Esta proposta está em consonância com a ideia de articulação entre teoria e prática, com a proposta de um trabalho de integração em entre escola e universidade, possibilitando, até mesmo para os licenciados que não estão realizando o estágio, ou que não participam do Programa de Iniciação à Docência (Pibid) ou Residência Pedagógica, uma verdadeira inserção no seu espaço profissional, com foco no trabalho interdisciplinar, que fomentado de forma mais incidente na nova resolução de 2015. Em 2017 os grupos de trabalho foram constituídos a partir de um "líder de grupo", sendo este necessariamente algum discente em contato com a escola pública por meio de Estágios ou do Pibid. Como resultados gerais dessa primeira experiência, destacamos algumas percepções de discentes e docentes. Os discentes ressaltaram que a interdisciplinaridade foi contemplada, sendo que cada uma das disciplinas contribuiu com atividades para o desenvolvimento do projeto. Entretanto uma dificuldade encontrada foi em relacionar os conteúdos que os alunos estavam estudando, no âmbito das disciplinas envolvidas, com o tema escolhido por eles. Sendo assim, apontaram que, para que o projeto produzisse mais frutos, seria necessário um contato maior com a escola e com os professores das disciplinas abordadas no projeto. Destacaram ainda a possibilidade de compreender as dificuldades que o profissional docente encontra ao buscar realizar projetos interdisciplinares na escola, alegando entretanto que, apesar de desafiadora, a proposta os levou a entender melhor o conceito da interdisciplinaridade e a desenvolver um trabalho em grupo. Segundo os licenciados, a prática interdisciplinar propiciou um aprendizado diferente daquele restrito apenas a própria área de formação. Foi possível, frente a experiência vivida, articular ainda modificações que poderiam tornar a proposta mais interessante para um possível futuro desenvolvimento do projeto. Desse modo, evidencia-se o quanto a experiência da Prática de Ensino Interdisciplinar, apesar de sua proposta desafiadora, contribuiu com a formação dos futuros professores e com a valorização das atividades e projetos interdisciplinares. A Prática de Ensino Interdisciplinar (PEI), instituída como disciplina comum às quatro licenciaturas da universidade, foi efetivada de forma completa no ano de 2018, contemplando licenciandos em Ciências Biológicas, Física, Matemática e Química, postos a elaborar propostas de projetos interdisciplinares a partir das demandas de cada escola onde seriam aplicados. Para nós, formadores, esta tem sido uma oportunidade ímpar de aprendizagem, pois temos conseguido refletir sobre as mudanças necessárias para que a formação inicial e continuada cumpra seu papel, de forma articulada e para que a Universidade, assuma seu compromisso com essa formação. Cabe ressaltar que a implementação de uma prática interdisciplinar não coloca em prática uma verdadeira parceria universidade escola, enquanto o professor não se torna co-formador dos licenciandos na universidade, em parceria com os docentes formadores, e enquanto estes docentes, não conseguem ter valorizado esse trabalho em sua própria instituição. Mas esse é um caminho que estamos construindo, e que tem nos permitido articular nossa participação em Programas como PIBID e Residência, já com esse foco interdisciplinar, que já possibilita uma parceria mais efetiva entre universidade e escola, devido a presença dos professores supervisores e preceptores dos dois programas. Referências BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Dá nova redação ao Parecer CNE/CP21/2001, que estabelece a duração e a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Parecer CNE/CP n.º 28/2001, de 02 de outubro de 2001. BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da União, 2015. MELO, M. V. As práticas de formação no Estágio Curricular Supervisionado na Licenciatura em Matemática: o que revelam as pesquisas acadêmicas brasileiras na década de 2001-2010. 2013. 420p. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Unicamp, Campinas (SP), 2013."
    "modalidade" => null
    "area_tematica" => null
    "palavra_chave" => null
    "idioma" => null
    "arquivo" => "443-26037-30112018-102120.pdf"
    "created_at" => "2020-05-28 15:53:39"
    "updated_at" => "2020-08-11 17:15:30"
    "ativo" => 1
    "autor_nome" => "ELIANE MATESCO CRISTOVÃO"
    "autor_nome_curto" => "ELIANE"
    "autor_email" => null
    "autor_ies" => null
    "autor_imagem" => null
    "edicao_url" => "anais-vii-enalic"
    "edicao_nome" => "Anais VII ENALIC"
    "edicao_evento" => "VII Encontro Nacional das Licenciaturas"
    "edicao_ano" => 2018
    "edicao_pasta" => "anais/enalic/2018"
    "edicao_logo" => "5e49f810852b5_16022020231856.png"
    "edicao_capa" => "5e49f81084a9f_16022020231856.jpg"
    "data_publicacao" => null
    "edicao_publicada_em" => "2018-12-03 23:00:00"
    "publicacao_id" => 57
    "publicacao_nome" => "Revista ENALIC"
    "publicacao_codigo" => "2526-3234"
    "tipo_codigo_id" => 1
    "tipo_codigo_nome" => "ISSN"
    "tipo_publicacao_id" => 1
    "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento"
  ]
  #changes: []
  #casts: array:14 [
    "id" => "integer"
    "edicao_id" => "integer"
    "trabalho_id" => "integer"
    "inscrito_id" => "integer"
    "titulo" => "string"
    "resumo" => "string"
    "modalidade" => "string"
    "area_tematica" => "string"
    "palavra_chave" => "string"
    "idioma" => "string"
    "arquivo" => "string"
    "created_at" => "datetime"
    "updated_at" => "datetime"
    "ativo" => "boolean"
  ]
  #classCastCache: []
  #attributeCastCache: []
  #dates: []
  #dateFormat: null
  #appends: []
  #dispatchesEvents: []
  #observables: []
  #relations: []
  #touches: []
  +timestamps: false
  #hidden: []
  #visible: []
  +fillable: array:13 [
    0 => "edicao_id"
    1 => "trabalho_id"
    2 => "inscrito_id"
    3 => "titulo"
    4 => "resumo"
    5 => "modalidade"
    6 => "area_tematica"
    7 => "palavra_chave"
    8 => "idioma"
    9 => "arquivo"
    10 => "created_at"
    11 => "updated_at"
    12 => "ativo"
  ]
  #guarded: array:1 [
    0 => "*"
  ]
}
Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

Resumo Construir ambientes colaborativos, de articulação entre teoria e prática, na formação inicial de professores, ainda é um desafio, embora esta ideia já seja preconizada há quase duas décadas no Brasil, desde o Parecer CNE/CP nº 28/2001, que define a prática como componente curricular. Na mesma direção, pesquisas apontam como caminho adequado para a formação do professor a articulação entre o estágio e a prática de ensino. Melo (2013), aponta a necessidade de um repensar sobre aspectos normativos e pedagógicos, indicando novos caminhos para que a Prática como Componente Curricular atinja os objetivos propostos na legislação. O mais recente documento sobre a formação de professores (BRASIL, 2015), que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior e para a formação continuada, no artigo 5º, indica que a formação de profissionais do magistério deve ser pautada na articulação entre teoria e prática e a exigência de se considerar a realidade das instituições de educação básica, de modo que se possa promover a "integração e a interdisciplinaridade curricular, dando significado e relevância aos conhecimentos e vivência da realidade social e cultural, consoantes às exigências da educação básica e da educação superior [...]" (p. 06). A partir de tal orientação, o interesse e a vontade de promover um trabalho mais articulado entre os cursos de licenciatura da universidade, motivou um grupo de professores a propor uma disciplina de "Prática de Ensino Interdisciplinar". Em 2016, como docentes das Práticas de Ensino das quatro licenciaturas da Unifei, estruturar a proposta de uma Prática Interdisciplinar, que possibilitasse um trabalho conjunto entre os alunos destas quatro licenciaturas, e em articulação com a escola básica. Um projeto piloto foi desenvolvido em 2017, com a participação das licenciaturas em Ciências Biológicas, Matemática e Química. Naquele momento a Física não pode participar devido a incompatibilidades de horários entre as práticas, que foram agrupadas num mesmo horário, sem se desvencilhar das disciplinas de prática oferecidas por cada curso. Atualmente está em curso uma segunda experiência, que continua pautada na junção de disciplinas, mas agora com a participação das quatro licenciaturas. A Prática Interdisciplinar (PEI), como é chamada, agora possui uma carga horária comum, de 4 horas aula semanais, com encontros presenciais coletivos de 2 horas aula semanais e outras 2 horas aula de estudos no ambiente virtual Moodle, sendo alguns coletivos e outros definidos por área. Na ementa estão previstos estudos sobre: Aspectos teóricos da Interdisciplinaridade e Interdisciplinaridade em Ciências da Natureza e Matemática. Além disso, são previstos momentos para a elaboração de projetos interdisciplinares em Ciências da Natureza e Matemática, para socialização e análise crítica dos projetos interdisciplinares propostos e posteriormente desenvolvidos na escola pública. Nessa prática buscamos discutir teoricamente os procedimentos, fundamentações e estrutura das propostas de abordagem interdisciplinar no ensino de ciências da natureza e matemática e orientar o desenvolvimento de projetos temáticos interdisciplinares aplicados no Ensino Médio ou 9º ano do Ensino Fundamental. Esta proposta está em consonância com a ideia de articulação entre teoria e prática, com a proposta de um trabalho de integração em entre escola e universidade, possibilitando, até mesmo para os licenciados que não estão realizando o estágio, ou que não participam do Programa de Iniciação à Docência (Pibid) ou Residência Pedagógica, uma verdadeira inserção no seu espaço profissional, com foco no trabalho interdisciplinar, que fomentado de forma mais incidente na nova resolução de 2015. Em 2017 os grupos de trabalho foram constituídos a partir de um "líder de grupo", sendo este necessariamente algum discente em contato com a escola pública por meio de Estágios ou do Pibid. Como resultados gerais dessa primeira experiência, destacamos algumas percepções de discentes e docentes. Os discentes ressaltaram que a interdisciplinaridade foi contemplada, sendo que cada uma das disciplinas contribuiu com atividades para o desenvolvimento do projeto. Entretanto uma dificuldade encontrada foi em relacionar os conteúdos que os alunos estavam estudando, no âmbito das disciplinas envolvidas, com o tema escolhido por eles. Sendo assim, apontaram que, para que o projeto produzisse mais frutos, seria necessário um contato maior com a escola e com os professores das disciplinas abordadas no projeto. Destacaram ainda a possibilidade de compreender as dificuldades que o profissional docente encontra ao buscar realizar projetos interdisciplinares na escola, alegando entretanto que, apesar de desafiadora, a proposta os levou a entender melhor o conceito da interdisciplinaridade e a desenvolver um trabalho em grupo. Segundo os licenciados, a prática interdisciplinar propiciou um aprendizado diferente daquele restrito apenas a própria área de formação. Foi possível, frente a experiência vivida, articular ainda modificações que poderiam tornar a proposta mais interessante para um possível futuro desenvolvimento do projeto. Desse modo, evidencia-se o quanto a experiência da Prática de Ensino Interdisciplinar, apesar de sua proposta desafiadora, contribuiu com a formação dos futuros professores e com a valorização das atividades e projetos interdisciplinares. A Prática de Ensino Interdisciplinar (PEI), instituída como disciplina comum às quatro licenciaturas da universidade, foi efetivada de forma completa no ano de 2018, contemplando licenciandos em Ciências Biológicas, Física, Matemática e Química, postos a elaborar propostas de projetos interdisciplinares a partir das demandas de cada escola onde seriam aplicados. Para nós, formadores, esta tem sido uma oportunidade ímpar de aprendizagem, pois temos conseguido refletir sobre as mudanças necessárias para que a formação inicial e continuada cumpra seu papel, de forma articulada e para que a Universidade, assuma seu compromisso com essa formação. Cabe ressaltar que a implementação de uma prática interdisciplinar não coloca em prática uma verdadeira parceria universidade escola, enquanto o professor não se torna co-formador dos licenciandos na universidade, em parceria com os docentes formadores, e enquanto estes docentes, não conseguem ter valorizado esse trabalho em sua própria instituição. Mas esse é um caminho que estamos construindo, e que tem nos permitido articular nossa participação em Programas como PIBID e Residência, já com esse foco interdisciplinar, que já possibilita uma parceria mais efetiva entre universidade e escola, devido a presença dos professores supervisores e preceptores dos dois programas. Referências BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Dá nova redação ao Parecer CNE/CP21/2001, que estabelece a duração e a carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Parecer CNE/CP n.º 28/2001, de 02 de outubro de 2001. BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Diário Oficial da União, 2015. MELO, M. V. As práticas de formação no Estágio Curricular Supervisionado na Licenciatura em Matemática: o que revelam as pesquisas acadêmicas brasileiras na década de 2001-2010. 2013. 420p. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Unicamp, Campinas (SP), 2013.

Compartilhe:

Visualização do Artigo


Deixe um comentário

Precisamos validar o formulário.