Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

ESTRÁTEGIAS DE ENSINO UTILIZADAS POR PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA AMAPANSES PARA DINAMIZAÇÃO DO CONTEÚDO DANÇA NA ESCOLA

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Entretanto, ao se tratar da dança como conteúdo das aulas de Educação Física, tais discussões apresentam-se recheadas por uma problemática que de certa forma parece estar vinculada ao referencial teórico entre as informações já estruturadas por estas distintas áreas de estudo e atuação profissional: A dança e a Educação Física, ao passo que, por outro lado, a dança educativa abarca um vasto campo conceitual amplamente investigado. Nos estudos de Laban (1978, p. 22.) encontramos que "O corpo é sentimento que o homem expressa se, este possui a capacidade de expressar significados mesmo quando aparentemente não há possibilidades de verbalizar uma imagem em palavras". É manifestação, e acima de tudo, reflete seu significado quando as palavras perdem seu verdadeiro sentido. Portanto, uma legítima via de comunicação para aqueles que têm a cultura corporal como objeto de suas investigações. Já a dança contempla características, valores e finalidades eminentemente educativas, por isso ela deve integrar os currículos escolares desde a pré-escola até a universidade. De acordo com Rangel (2002), a dança no âmbito escolar propicia ao ser humano o poder de re-significar o mundo, por meio de uma autêntica práxis transformadora, pois cada vez mais vem sendo incluída nos currículos escolares e extraescolares, visto que sua utilização como prática pedagógica pode trazer contribuições ao processo de ensino aprendizagem. Entretanto, alerta Correia (2015) que no seio de uma sociedade com cultura altamente machista, sexista e padronizadora, a efetivação do ensino da dança na escola requer dos professores estratégias de ensino que caminhem na contramão dos patrões pré-estabelecidos por nossa sociedade, sociedade está que determina as ações sociais de gêneros. Para Nanni (2008), a estratégias metodológicas são procedimentos de ensino, modelos de ensino, centrados aos objetivos visando alterações no comportamento dos alunos. São processos de ações planejado pelo professor para colocar o aluno em contato direto com as coisas, fatos ou fenômenos que o possibilitem modificar a sua conduta e função dos objetivos expressivos do programa. Neste ponto de vista, a sala de aula é um cenário que propicia discussões de diferentes assuntos, e pode mostrar aos alunos e professores sua importância como experiência e vivencia, diante do processo educacional compartilhado pela dança. Milani (2009) corrobora ao afirmar que as práticas com dança assim como outra área qualquer de conhecimento necessitam de dedicação e disciplina para se alcançar o que se busca, priorizando aspectos referentes ao que ensinar, viabilizando estratégias que chamem a atenção do sujeito, diante do desconhecido para que o mesmo comprometa-se e se entregue totalmente. Buogo (2011) diz que a dificuldade em regularizar a dança como conteúdo dentro do currículo da escola está relacionada, em muitos casos, com os currículos soltos, divididos e desconectados, nos quais a interdisciplinaridade não se faz presente, fator essencial ao processo educacional. Para Brasileiro (2009), a dança na escola pode ser vista em diferentes espaços: se encontra nas salas de aula, nos corredores, pátios, quadras, mas o objetivo da escola é promover um ensino estruturado que obtenha seus objetivos estabelecidos e coerentes com as necessidades dos alunos, seja aquela que a mídia divulga, ou as que se manifestam no dia a dia, o importante é que esteja presente nas salas de aula, como conhecimento integrante da cultura escolar. Diante de tais premissas, o referido estudo teve como objetivo analisar as principais estratégias de ensino utilizadas por professores de Educação Física da rede Estadual de ensino da cidade de Macapá para dinamização do conteúdo dança na escola. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de cunho qualitativo descritivo. Fizeram parte do estudo 20 professores de Educação Física do Ensino Fundamental I. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada com roteiro temático. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo preconizada por Bardin (2011). Encontramos que, em sua maioria os professores concebem a dança como conteúdo de suas aulas, que no ato do planejamento as estratégias de ensino são pensadas para dinamização do conteúdo dança, e que os professores utilizam múltiplas estratégias que iniciam com as dicas verbais, passam pelas demonstrações, pelas repetições e chegam a autocriação. Todo esse processo não exclui as estratégias de pesquisa, reflexão e problematização sobre o movimento aprendido, repetido ou criado. Conclui-se que a presença do ensino da dança na maioria das escolas estaduais da cidade de Macapá é, pois, um fato. E que as estratégias de ensino por eles utilizadas dão suporte para que os professores e professoras atuem com possibilidade libertadora Palavras-chave: Dança; Conteúdo; Estratégia. Referências: BARDIN, L. Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011. BOUGO, E. C. B.; LARA, L. M Análise da dança como conteúdo Estruturante da Educação Física nas Diretrizes curriculares da educação Básica do Paraná.Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 33, n. 4, p. 873-888, out./dez. 2011. BRASILEIRO, L.T; LUCIANA P. M. Linguagens do corpo: dimensões expressivas e possibilidades educativas da ginástica e da dança. Pro-Posições, Campinas: v. 19; n. 3; p. 195-207; 2009. CORREIA, M. S. O retrato da violência simbólica no cotidiano da escola pública. Rio de Janeiro: Câmara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE, 2015. LABAN, R. Domínio do movimento. São Paulo: Summus, 1978. MILANI, A. Dança Educação Contemporânea. São Caetano do Sul - SP: Lubra, 2009. NANNI, D. 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Para tanto, realizou-se uma pesquisa de cunho qualitativo descritivo. Fizeram parte do estudo 20 professores de Educação Física do Ensino Fundamental I. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada com roteiro temático. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo preconizada por Bardin (2011). Encontramos que, em sua maioria os professores concebem a dança como conteúdo de suas aulas, que no ato do planejamento as estratégias de ensino são pensadas para dinamização do conteúdo dança, e que os professores utilizam múltiplas estratégias que iniciam com as dicas verbais, passam pelas demonstrações, pelas repetições e chegam a autocriação. Todo esse processo não exclui as estratégias de pesquisa, reflexão e problematização sobre o movimento aprendido, repetido ou criado. Conclui-se que a presença do ensino da dança na maioria das escolas estaduais da cidade de Macapá é, pois, um fato. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

ESTRÁTEGIAS DE ENSINO UTILIZADAS POR PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA AMAPANSES PARA DINAMIZAÇÃO DO CONTEÚDO DANÇA NA ESCOLA Maria Clara da Costa Alves/ claracosta409@gmail.com/ Universidade Federal do Piauí - UFPI Samanda Nobre do Carmo Sabóia/ Centro de Ensino Superior do Amapá - CEAP Mesaque Silva Correa/ Universidade Federal do Piauí - UFPI Eixo Temático: (Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica e prática docente) Resumo Sabe-se que o diálogo entre Dança e Educação Física não é recente. Também é sabido que as discussões relativas às delimitações epistemológicas acerca de um e de outro campo do conhecimento extrapolam à lógica das simples relações. Entretanto, ao se tratar da dança como conteúdo das aulas de Educação Física, tais discussões apresentam-se recheadas por uma problemática que de certa forma parece estar vinculada ao referencial teórico entre as informações já estruturadas por estas distintas áreas de estudo e atuação profissional: A dança e a Educação Física, ao passo que, por outro lado, a dança educativa abarca um vasto campo conceitual amplamente investigado. Nos estudos de Laban (1978, p. 22.) encontramos que "O corpo é sentimento que o homem expressa se, este possui a capacidade de expressar significados mesmo quando aparentemente não há possibilidades de verbalizar uma imagem em palavras". É manifestação, e acima de tudo, reflete seu significado quando as palavras perdem seu verdadeiro sentido. Portanto, uma legítima via de comunicação para aqueles que têm a cultura corporal como objeto de suas investigações. Já a dança contempla características, valores e finalidades eminentemente educativas, por isso ela deve integrar os currículos escolares desde a pré-escola até a universidade. De acordo com Rangel (2002), a dança no âmbito escolar propicia ao ser humano o poder de re-significar o mundo, por meio de uma autêntica práxis transformadora, pois cada vez mais vem sendo incluída nos currículos escolares e extraescolares, visto que sua utilização como prática pedagógica pode trazer contribuições ao processo de ensino aprendizagem. Entretanto, alerta Correia (2015) que no seio de uma sociedade com cultura altamente machista, sexista e padronizadora, a efetivação do ensino da dança na escola requer dos professores estratégias de ensino que caminhem na contramão dos patrões pré-estabelecidos por nossa sociedade, sociedade está que determina as ações sociais de gêneros. Para Nanni (2008), a estratégias metodológicas são procedimentos de ensino, modelos de ensino, centrados aos objetivos visando alterações no comportamento dos alunos. São processos de ações planejado pelo professor para colocar o aluno em contato direto com as coisas, fatos ou fenômenos que o possibilitem modificar a sua conduta e função dos objetivos expressivos do programa. Neste ponto de vista, a sala de aula é um cenário que propicia discussões de diferentes assuntos, e pode mostrar aos alunos e professores sua importância como experiência e vivencia, diante do processo educacional compartilhado pela dança. Milani (2009) corrobora ao afirmar que as práticas com dança assim como outra área qualquer de conhecimento necessitam de dedicação e disciplina para se alcançar o que se busca, priorizando aspectos referentes ao que ensinar, viabilizando estratégias que chamem a atenção do sujeito, diante do desconhecido para que o mesmo comprometa-se e se entregue totalmente. Buogo (2011) diz que a dificuldade em regularizar a dança como conteúdo dentro do currículo da escola está relacionada, em muitos casos, com os currículos soltos, divididos e desconectados, nos quais a interdisciplinaridade não se faz presente, fator essencial ao processo educacional. Para Brasileiro (2009), a dança na escola pode ser vista em diferentes espaços: se encontra nas salas de aula, nos corredores, pátios, quadras, mas o objetivo da escola é promover um ensino estruturado que obtenha seus objetivos estabelecidos e coerentes com as necessidades dos alunos, seja aquela que a mídia divulga, ou as que se manifestam no dia a dia, o importante é que esteja presente nas salas de aula, como conhecimento integrante da cultura escolar. Diante de tais premissas, o referido estudo teve como objetivo analisar as principais estratégias de ensino utilizadas por professores de Educação Física da rede Estadual de ensino da cidade de Macapá para dinamização do conteúdo dança na escola. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de cunho qualitativo descritivo. Fizeram parte do estudo 20 professores de Educação Física do Ensino Fundamental I. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada com roteiro temático. Os dados coletados foram submetidos à análise de conteúdo preconizada por Bardin (2011). Encontramos que, em sua maioria os professores concebem a dança como conteúdo de suas aulas, que no ato do planejamento as estratégias de ensino são pensadas para dinamização do conteúdo dança, e que os professores utilizam múltiplas estratégias que iniciam com as dicas verbais, passam pelas demonstrações, pelas repetições e chegam a autocriação. Todo esse processo não exclui as estratégias de pesquisa, reflexão e problematização sobre o movimento aprendido, repetido ou criado. Conclui-se que a presença do ensino da dança na maioria das escolas estaduais da cidade de Macapá é, pois, um fato. 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