Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS DE SISTEMAS WEB A PARTIR DE UMA ABORDAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: UM ESTUDO DE CASO COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

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Tal popularização é explicada por Oliveira e Seabra (2015), ao colocarem que a implantação de sistemas web é resultante da necessidade da rápida disseminação de informação e da larga distribuição geográfica de usuários, utilizando a internet como ferramenta de suporte. Dentro da área computacional encontram-se tecnologias voltadas para o desenvolvimento de sistemas web, como as linguagens de marcação, estilização e programação, os gerenciadores de banco de dados, frameworks voltados para o desenvolvimento web entre outros. Para Bini e Koscianski (2009), a programação é uma parte importante das grades curriculares de cursos de formação a nível médio ou superior que dedica disciplinas e conteúdos para essa atividade. Neste contexto, ao que se trata da disciplina de desenvolvimento de sistemas web no curso técnico em informática do Colégio da Polícia Militar (CPM), algumas dificuldades são encontradas, como: a estrutura escolar, a ausência de computadores em funcionamento, a internet e outros. Estas dificuldades trazem consequências para o ensino da disciplina, visto que a falta de computadores e espaço, impossibilita que os alunos coloquem em prática os conhecimentos adquiridos e desenvolvam protótipos de sistemas web. Diante disto, a temática deste trabalho se justificou com a necessidade de propiciar aos alunos do curso técnico em informática, o exercício da prática de programação a partir do desenvolvimento protótipos de sistemas por intermédio de uma abordagem baseada em problemas alinhada ao ensino tradicional, proporcionando ainda uma melhoria na capacidade dos alunos em resolver e interpretar problemas. O projeto deste trabalho foi desenvolvido no formato de um curso de desenvolvimento de sistemas com a duração de 40 horas, denominado "Desenvolvimento de sistemas por intermédio de uma abordagem baseada em problemas", que ocorreu a partir de encontros semanais com duração de 4h/aulas no Laboratório Móvel da Rede E-tec. A turma era composta por 21 alunos, e em virtude da capacidade de atendimento do laboratório móvel foi dividida em dois grupos, passando a ser classificada como turma A e turma B. A metodologia dividiu-se em três etapas, das quais são: 1º etapa - Esta etapa consistiu na introdução dos conceitos de programação web, abordando a sua lógica bem como as tags da linguagem HTML5 (HyperText Markup Language Sheets - Versão 5). Logo, ao final da etapa aplicou-se uma atividade avaliativa, que tinha como objetivo analisar a capacidade dos alunos em identificar os conteúdos trabalhados em sala e se os mesmos conseguiriam identificar os elementos de uma página e a tag responsável por cada elemento, além de identificar em quais aspectos os alunos apresentavam dificuldade. A 2º etapa - Consistiu na introdução da estilização de páginas e desenvolvimento de formulário e tabelas com CSS3 (Cascading Style Sheets - Versão 3), Bootstrap e Java Script buscando assimilar com o conteúdo passado na primeira etapa. Para avaliação dos novos conceitos aprendidos, os alunos foram submetidos a uma avaliação escrita que consistia na criação de uma página utilizando HTML e CSS. Na 3º etapa: os alunos produziram como avaliação final um protótipo de sistema web seguindo uma abordagem baseada em problemas, colocando em prática requisitos fundamentais para o desenvolvimento de um sistema. A proposta de avaliação final consistia em: "Desenvolver um sistema que atendesse problemáticas encontradas dentro da unidade escolar". Para o desenvolvimento do trabalho os alunos foram divididos em pequenas equipes, obtendo assim sete grupos de três pessoas, a divisão da turma em pequenos grupos foi proposta para que pudesse haver uma melhor socialização do problema e do trabalho colaborativo. Na visão de Notari et al. (2009, apud CAMP, p. 452, 1996) a aprendizagem baseada em problemas ou PBL (Problem Basic Learning) é baseada em colaboração dentro de um contexto de um pequeno grupo. Dessa forma, os componentes de cada grupo ficaram responsáveis pela identificação das problemáticas na escola. As propostas foram colocadas em sala de aula pelos alunos e a partir disto foi gerada uma discussão em cada grupo, juntamente com o professor. As discussões tratavam sobre a relevância do problema e as possíveis soluções. Notari et. al (2009 p. 452), coloca que a "PBL depende da capacidade dos alunos para trabalhar em conjunto para identificar e analisar problemas e/ou gerar soluções." Desta forma, após as discussões os alunos chegaram a sete problemáticas de relevância na unidade escolar, ficando cada equipe responsável por uma. Dentre as problemáticas escolhidas, obteve-se as seguintes ideias de protótipos: Recepção CPM - Unidade VI, Escala de Limpeza, SIPE - Sistema de Ponto Eletrônico, Sistema de monitores, Ranking Pedagógico, Coordenação disciplinar e Biblioteca CPM. Após a determinação dos problemas, os alunos passaram para a segunda e terceira fase do processo que consistia na coleta de informações necessárias e análise de requisitos. Os alunos trabalharam nestas fases de forma independente, os mesmos coletaram todas as informações necessárias nos setores da unidade escolar, completando ao final da coleta de dados uma lista ordenada sobre o que deveria haver em seus sistemas. Os resultados foram obtidos a partir de cada etapa, onde na primeira etapa 85% dos alunos conseguiram atingir notas acima da média, na segunda fase cerca de 70% dos alunos atingiram um alto aproveitamento dos conteúdos trabalhados. Na terceira etapa, pode se constatar que todos os alunos conseguiram trabalhar em equipes, identificar e analisar as problemáticas na unidade escolar e propor uma possível solução através do desenvolvimento de softwares, sendo alunos ativos no processo de ensino e aprendizado, obtendo assim ao final da etapa o desenvolvimento de 7 (sete) protótipos de softwares web. A avaliação dos softwares desenvolvimentos permitiu uma visualização positiva do nível de aproveitamento dos conteúdos trabalhados em sala de aula, pois os alunos conseguiram absorver cerca de 67% à 94,5% dos conteúdos estudados. Mediante os resultados obtidos e concretizados a partir das atividades realizadas em sala de aula, bem como o desenvolvimento de protótipos por intermédio de uma abordagem tradicional alinhada ao PBL, pode-se concluir que a proposta de trabalho foi alcançada com êxito e que a metodologia utilizada pode se tornar uma proposta promissora que gere resultados satisfatórios no ensino computacional. Palavras-chave: Programação web, Aprendizagem baseada em problemas, Sistemas web. Referências BINI, Elena Mariele; KOSCIANSKI, André. O ensino de programação de computadores em um ambiente criativo e motivador. Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Florianópolis, 2009. NOTARI, Daniel Luís; BOHN, Juliana; BOFF, Elisa. Uma abordagem baseada em problemas para aprendizagem colaborativa de sistemas operacionais. In: Anais do Workshop sobre Educação em Informática-WEI. 2009. OLIVEIRA, Fernando Gonçalves. SEABRA, João Manuel Pimentel. Metodologias de desenvolvimento de software: uma análise no desenvolvimento de sistemas na web. Tecnologias em projeção. 2015, p. 20-34. Disponível em: Acesso em: 12 jun. 2018."
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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

DESENVOLVIMENTO DE PROTÓTIPOS DE SISTEMAS WEB A PARTIR DE UMA ABORDAGEM BASEADA EM PROBLEMAS: Um estudo de caso com alunos do ensino médio. Claudiany Calça de Sousa [1]/claudianydesousa@gmail.com/ IFTO - Campus Araguatins Ennio Willian Lima Silva [2]/ IFTO - Campus Araguatins Cristina Soares Fernandes [3]/ IFTO - Campus Araguatins Ramásio Ferreira Melo [4]/IFTO - Campus Araguatins Acácio Lopes Soares [5]/ CPM - Unidade VI, Araguatins Eixo Temático: Processos de ensino e aprendizagem Agência Financiadora: Programa Residência Pedagógica - CAPES Resumo Com a propagação da tecnologia e as suas contribuições em diversas áreas, inclusive a computacional, observa-se a popularização dos sistemas web e da grande eficiência que os mesmos têm em propiciar o acesso rápido e instantâneo a informações. Tal popularização é explicada por Oliveira e Seabra (2015), ao colocarem que a implantação de sistemas web é resultante da necessidade da rápida disseminação de informação e da larga distribuição geográfica de usuários, utilizando a internet como ferramenta de suporte. Dentro da área computacional encontram-se tecnologias voltadas para o desenvolvimento de sistemas web, como as linguagens de marcação, estilização e programação, os gerenciadores de banco de dados, frameworks voltados para o desenvolvimento web entre outros. Para Bini e Koscianski (2009), a programação é uma parte importante das grades curriculares de cursos de formação a nível médio ou superior que dedica disciplinas e conteúdos para essa atividade. Neste contexto, ao que se trata da disciplina de desenvolvimento de sistemas web no curso técnico em informática do Colégio da Polícia Militar (CPM), algumas dificuldades são encontradas, como: a estrutura escolar, a ausência de computadores em funcionamento, a internet e outros. Estas dificuldades trazem consequências para o ensino da disciplina, visto que a falta de computadores e espaço, impossibilita que os alunos coloquem em prática os conhecimentos adquiridos e desenvolvam protótipos de sistemas web. Diante disto, a temática deste trabalho se justificou com a necessidade de propiciar aos alunos do curso técnico em informática, o exercício da prática de programação a partir do desenvolvimento protótipos de sistemas por intermédio de uma abordagem baseada em problemas alinhada ao ensino tradicional, proporcionando ainda uma melhoria na capacidade dos alunos em resolver e interpretar problemas. O projeto deste trabalho foi desenvolvido no formato de um curso de desenvolvimento de sistemas com a duração de 40 horas, denominado "Desenvolvimento de sistemas por intermédio de uma abordagem baseada em problemas", que ocorreu a partir de encontros semanais com duração de 4h/aulas no Laboratório Móvel da Rede E-tec. A turma era composta por 21 alunos, e em virtude da capacidade de atendimento do laboratório móvel foi dividida em dois grupos, passando a ser classificada como turma A e turma B. A metodologia dividiu-se em três etapas, das quais são: 1º etapa - Esta etapa consistiu na introdução dos conceitos de programação web, abordando a sua lógica bem como as tags da linguagem HTML5 (HyperText Markup Language Sheets - Versão 5). 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