Artigo Anais VII ENALIC

ANAIS de Evento

ISSN: 2526-3234

OS REFLEXOS GLOBALIZAÇÃO SOBRE O ENSINO DE GEOGRAFIA: UM ESTUDO SOBRE A EDUCAÇÃO A DISTANCIA

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Cacete (2013, pág. 52) ilustra bem esse contexto quando explica que "o controle do trabalho docente também se expressa na estreita concepção de pesquisa que limita a investigação, nos cursos de formação de professores, ao estudo da transposição didática restringindo a importância dos estudos teóricos e etimológicos no campo pedagógico e disciplinar." A formação de professores enfrenta uma fase de ser posta como uma formação complementar, já que o sucateamento da profissão é evidente e menos pessoas se interessam pela profissão, como Marques (2018) pode acrescentar para o debate "Contudo, o que está em jogo é a dimensão intelectual e o reconhecimento da profissão como uma atividade intelectual. O reconhecimento do professor de geografia como produtor de conhecimento nas relações que estabelece nas escolas, nos projetos, aulas e ações com seus alunos. Não a construção de uma identidade docente centrada na prática como aplicação." A escolha pela educação a distância, além de ter um custo menor, é priorizada pelo Estado neoliberal por perder a sua essência, isto é, as relações interpessoais que são fundamentais no processo de ensino e aprendizagem e as proposições pedagógicas essenciais para a formação de uma identidade docente. Os avanços tecnológicos advindos do mundo globalizado surgem como uma ideia de suprir essas trocas, quando o que acontece é a ressalva do individualismo. Diante disso, o objetivo geral do artigo é averiguar a formação inicial a distância de professores com os advindos da globalização. A metodologia utilizada está embasada em um levantamento teórico sobre as diretrizes curriculares de formação de professores, as propostas do Banco Mundial, a Universidade Aberta do Brasil, o crescimento abrupto de instituições privadas de Educação Superior com base na Educação à Distância (EAD) e como o Estado Neoliberal operacionaliza com abrangência esses setores. Nesse contexto, o trabalho também coloca em pauta as questões retratadas, embasando-se em uma perspectiva geográfica a cerca dessas políticas educacionais enfatizando os processos da revolução técnico-cientifico-informacional, destacando a dinâmica da globalização e seus desdobramentos ao construir um cenário local insuficiente para a produção do conhecimento geográfico, uma vez que a globalização como fato e farsa apresenta um caráter reducionista, ignorando, a exemplo, etapas fundamentais na formação do geógrafo, como o trabalho de campo. Uma vez que a Geografia, uma ciência que busca interpretar a realidade em suas diversas nuances e composições, analisando as especificidades do espaço geográfico e sendo imprescindível ao geógrafo a imersão em determinada realidade a fim de compreende-la e refleti-la. Não obstante, por meio da logística engendrada na EAD analisaremos como disciplinas fundamentais para a formação docente e do pesquisador muitas vezes são solapadas através de um encontro não presencial, dentro destas citamos: Estágio Supervisionado e Trabalho de Campo. Tendo em vista a disciplina de Estágio como experiência imprescindível para o amadurecimento dos futuros educadores ao promover uma imersão na realidade escolar - de preferência pública -, bem como a disciplina de Trabalho de Campo apresenta-se como substancial para o desenvolvimento e amadurecimento do olhar geográfico, logo, como ressalta e acrescenta no debate Serpa (2017) "Concebemos, portanto, o trabalho de campo de forma mais ampla, como um instrumento de análise geográfica que permite o reconhecimento do objeto e que, fazendo parte de um método de investigação, permite a inserção do pesquisador no movimento da sociedade como um todo." Ademais, pontuamos que a globalização reverbera uma falsa verdade, ao promover um discurso de ampla inclusão e possibilidades, ocultando que cerca de 35% da população brasileira não dispõe de recursos e acesso consciente à tecnologia (IBGE, 2016). Visto que é de suma importância colocar em pautas debates acerca da conjuntura de formação docente, a pesquisa pretende tratar assuntos intrínsecos ao cotidiano dos educadores, e fazer com que eles tenham acesso ao parâmetro do que está acontecendo com sua carreira e formação. Por fim, é necessário ressaltar que a proposta do trabalho não trata-se de uma crítica generalizante e ácida a respeito da implementação da Educação a Distância, mas sim como a EAD em cursos de licenciaturas pode sabotar e debilitar a formação de professores, em especial o curso de Geografia; já que processos teórico-metodológicos essenciais são ignorados e substituídos por contingências superficiais comprometendo sistematicamente o conhecimento geográfico, cabe a Geografia indagar a partir de uma análise crítica da globalização quais são os impactos para o ensino de geografia com docentes formados a distância. Palavras-chaves: Formação docente, Globalização, Políticas Públicas, Ensino de Geografia Referências: CACETE, Nuria Hanglei et al. Reforma educacional em questão: os parâmetros curriculares nacionais para o ensino de geografia e a formação de professores para a escola básica. Formação, pesquisa e práticas docentes: reformas curriculares em questão, p. 47-58, 2013. MARQUES, Roberto. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA: NOTAS PARA PENSAR CONTEXTO E POLÍTICAS. Anais do I Colóquio Internacional de Educação Geográfica e do IV Seminário Ensinar Geografia na Contemporaneidade, v. 1, n. 1, p. 456-468, 2018. SERPA, Ângelo. O trabalho de campo em geografia: uma abordagem teórico-metodológica. Boletim paulista de geografia, n. 84, p. 7-24, 2017. "
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Por fim, é necessário ressaltar que a proposta do trabalho não trata-se de uma crítica generalizante e ácida a respeito da implementação da Educação a Distância, mas sim como a EAD em cursos de licenciaturas pode sabotar e debilitar a formação de professores, em especial o curso de Geografia; já que processos teórico-metodológicos essenciais são ignorados e substituídos por contingências superficiais comprometendo sistematicamente o conhecimento geográfico, cabe a Geografia indagar a partir de uma análise crítica da globalização quais são os impactos para o ensino de geografia com docentes formados a distância. Palavras-chaves: Formação docente, Globalização, Políticas Públicas, Ensino de Geografia Referências: CACETE, Nuria Hanglei et al. Reforma educacional em questão: os parâmetros curriculares nacionais para o ensino de geografia e a formação de professores para a escola básica. Formação, pesquisa e práticas docentes: reformas curriculares em questão, p. 47-58, 2013. 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Publicado em 03 de dezembro de 2018

Resumo

Os reflexos da globalização no Ensino de Geografia: um estudo sobre a Educação a Distância Luiz Fellype Xavier Costa/luizfxvier@gmail.com/UFRRJ Lara de Araújo Luzente/UFRRJ Edileuza Dias de Queiroz/UFRRJ Eixo Temático: Políticas Públicas e identidade docente - com ênfase em referenciais políticos e epistemológicos sobre carreira e valorização dos professores. Resumo A globalização e o processo de (re)estruturação capitalista desempenham um papel extremamente atuante quando se coloca em pauta políticas educacionais e formação docente. Visto que essa nova fase não se expande apenas na esfera econômica, mas também na social, regulando o funcionamento da sociedade de acordo com seus mais amplos interesses. A ideia de formação inicial de professores a distância começa a ser difundida sobre o contexto neoliberal, onde há intencionalidades refletidas no corte de verbas para educação, posta em segunda instância. Cacete (2013, pág. 52) ilustra bem esse contexto quando explica que "o controle do trabalho docente também se expressa na estreita concepção de pesquisa que limita a investigação, nos cursos de formação de professores, ao estudo da transposição didática restringindo a importância dos estudos teóricos e etimológicos no campo pedagógico e disciplinar." A formação de professores enfrenta uma fase de ser posta como uma formação complementar, já que o sucateamento da profissão é evidente e menos pessoas se interessam pela profissão, como Marques (2018) pode acrescentar para o debate "Contudo, o que está em jogo é a dimensão intelectual e o reconhecimento da profissão como uma atividade intelectual. O reconhecimento do professor de geografia como produtor de conhecimento nas relações que estabelece nas escolas, nos projetos, aulas e ações com seus alunos. Não a construção de uma identidade docente centrada na prática como aplicação." 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Nesse contexto, o trabalho também coloca em pauta as questões retratadas, embasando-se em uma perspectiva geográfica a cerca dessas políticas educacionais enfatizando os processos da revolução técnico-cientifico-informacional, destacando a dinâmica da globalização e seus desdobramentos ao construir um cenário local insuficiente para a produção do conhecimento geográfico, uma vez que a globalização como fato e farsa apresenta um caráter reducionista, ignorando, a exemplo, etapas fundamentais na formação do geógrafo, como o trabalho de campo. Uma vez que a Geografia, uma ciência que busca interpretar a realidade em suas diversas nuances e composições, analisando as especificidades do espaço geográfico e sendo imprescindível ao geógrafo a imersão em determinada realidade a fim de compreende-la e refleti-la. 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Ademais, pontuamos que a globalização reverbera uma falsa verdade, ao promover um discurso de ampla inclusão e possibilidades, ocultando que cerca de 35% da população brasileira não dispõe de recursos e acesso consciente à tecnologia (IBGE, 2016). Visto que é de suma importância colocar em pautas debates acerca da conjuntura de formação docente, a pesquisa pretende tratar assuntos intrínsecos ao cotidiano dos educadores, e fazer com que eles tenham acesso ao parâmetro do que está acontecendo com sua carreira e formação. 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MARQUES, Roberto. A FORMAÇÃO DE PROFESSORES E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA: NOTAS PARA PENSAR CONTEXTO E POLÍTICAS. Anais do I Colóquio Internacional de Educação Geográfica e do IV Seminário Ensinar Geografia na Contemporaneidade, v. 1, n. 1, p. 456-468, 2018. SERPA, Ângelo. O trabalho de campo em geografia: uma abordagem teórico-metodológica. Boletim paulista de geografia, n. 84, p. 7-24, 2017.

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