Este trabalho objetiva analisar o modelo de autonomia dos discentes pressuposto pela “Escola da Ponte”, especialmente em se tratando daqueles contemplados na Educação Especial, com vistas a implementar uma reflexão em torno dos empecilhos existentes no que se refere ao desenvolvimento educacional, de aprendizagem e de formação do sujeito deficiente no contexto brasileiro. Nesse sentido, a metodologia que norteia este estudo toma como base a pesquisa bibliográfica, bem como o estudo analítico-descritivo; para tanto, tomou-se como suporte teórico os estudos de Freire (1996) e Paro (2011), que tratam da pedagogia da autonomia; Ainscow (1996, 1997) e Bairrão (1997, 1998), que promovem reflexões acerca da educação inclusiva de alunos especiais; de Canário (2004), Vasconcellos (2006), Guarda & Oliveira (2007), Alves (2003) e Pacheco (2006), que discutem sobre a perspectiva inclusiva norteadora da “Escola da Ponte”; dentre outros autores que versam sobre temáticas correlacionadas. Assim, percebe-se, de fato, a “Escola da Ponte” como um modelo de escola inclusiva a ser seguido pelo mundo, especialmente pelo Brasil, onde, na verdade, as escolas costumam simular uma inclusão que não existe, disfarçada, e que não permite o desenvolvimento da autonomia dos educandos.