Dentre os tipos de deficiência, a visual é a de maior incidência em nosso país, e a questão da inclusão tem sido um grande desafio educacional, uma vez que exige preparo e condições específicas para o ensino e aprendizagem. Mesmo após a criação de leis e estatutos que garantam os seus direitos, os deficientes visuais ainda sofrem constantemente exclusão social e passam diversas dificuldades, tais como: preconceito; falta de acessibilidade em diversos locais públicos e privados; escassez de sinalização e livros em braile; inserção no mundo do trabalho e, principalmente, a falta de espaços formativos preparados para lidar com as necessidades educativas de forma adequada a este público. Neste contexto, o projeto Bio.Tátil busca alternativas metodológicas, garantindo conhecimentos no ensino de biologia celular para alunos com deficiência visual, através de aulas que exploram a didática multissensorial, como maquetes táteis, desenhos em alto-relevo, músicas e paladar, proporcionando a interatividade entre o aluno, o professor e o conteúdo. Os resultados apontam para a eficácia da metodologia e dos recursos utilizados no projeto para a construção de conhecimentos com significado.