Resumo: O artigo apresentado faz parte de uma pesquisa mais ampla desenvolvida para o Programa de Pós graduação, stricto sensu, nível doutorado do curso de Políticas Sociais da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, em Campos dos Goytacazes. A pesquisa completa busca investigar o uso ou não de políticas públicas por parte de deficientes visuais que tiveram uma escolaridade considerada de sucesso, a saber, conclusão de curso de graduação e pós graduação lato e stricto sensu. As pesquisas estão sendo realizadas com 10 deficientes visuais com perda total da visão. A metodologia utilizada é História de vida, buscando resgatar a história da maneira mais próxima como ela foi vivenciada a partir da visão do entrevistado. É apresentada neste artigo uma breve discussão sobre escola inclusiva no discurso e escola inclusiva de fato, utilizando a história de vida de um deficiente visual de 48 anos que sofreu um acidente de trabalho, perdendo totalmente a visão e que decidiu “retomar a sua vida”, fazendo cursos técnicos e iniciando licenciatura. O entrevistado apresenta alguns obstáculos encontrados desde o ingresso na instituição pública, renomada e tida como escola inclusiva, permitindo que fique exposta a falta de preparo dos professores ao lidarem com alunos deficientes em escolas comuns, bem como de outros profissionais envolvidos. Apesar das dificuldades enfrentadas, o aluno, embora tenha trancado a matrícula por dois semestres, está retornando para a conclusão do curso de licenciatura, tendo concluído dois cursos técnicos.
Palavras-chave: Políticas Públicas, Deficiente visual, Escolaridade, Escola Inclusiva.