A necessidade de implementar uma educação bilíngue é cada vez mais emergente, visto que a marginalização das pessoas surdas continua a acontecer e, contraditoriamente, dentro da inclusão. O trabalho não se constitui inteiramente numa proposta bilíngue, já que não atende todos os princípios desta perspectiva, no entanto, apresentamos possibilidades para o trabalho docente que, desde sua prática na educação infantil, apresente a seus alunos, surdos e/ou ouvintes, duas línguas legítimas: Libras e Português. É preciso, antes, entender a deficiência de modo geral e a surdez, de modo específico, como modos de vida que negam a normalidade. Percebemos a contribuição no bilinguismo na formação linguística, cultural e identitária da pessoa surda, na diminuição de barreiras de comunicação e inserção nos espaços sociais, além da contribuição também na formação das pessoas ouvintes, que mais que aprender uma nova língua e cultura aprendem, desde novas, o respeito às diferenças. Para o desenvolvimento do trabalho, utilizaremos a pesquisa bibliográfica: no primeiro momento uma discussão teórica, tendo como referencial o modelo social de deficiência (DINIZ, 2012); as perspectivas de Skliar (1998, 2003) sobre diferença e normalidade. Em seguida uma apresentação de algumas experiências sobre o ensino de LIBRAS da Educação Infantil. O último momento, consiste na apresentação dos princípios de uma educação bilíngue e sua contribuição na formação dos sujeitos surdos.
Palavras-chave: Surdez, Educação Bilíngue, Educação Infantil.