O Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é estudado há décadas, mas ainda persistem controvérsias sobre causas, consequências e tratamentos, contribuindo para sua estigmatização. A literatura confirma que o TDAH não é um transtorno originário da contemporaneidade, não se relaciona à culturas ou classes socioeconômicas específicas, derrubando mitos que circulam na sociedade e no meio educacional. Fundamentado na tríade de sintomas: déficit de atenção, hiperatividade e impulsividade, o transtorno pode promover comprometimento escolar e social, ocasionando prejuízos diversos, da infância à fase adulta, quando não tratado. Nesse sentido, o estudo objetivou identificar o conhecimento do professor sobre o TDAH. A pesquisa - realizada entre professores da rede pública através de um questionário on-line da plataforma SurveyMonkey - confirma que o conhecimento sobre o TDAH é superficial entre os professores, mesmo com boa formação acadêmica. Revelou-se que 52% dos professores identificam os sintomas clássicos (déficit de atenção, hiperatividade, impulsividade), mas sintomas relacionados à apresentação desatenta e características positivas são pouco observados. Comportamentos inadequados e dificuldades escolares são creditados por 23% dos professores à falta de educação no lar. Considerou-se que o desconhecimento sobre o TDAH por parte dos professores prejudica o aluno, acadêmica e socialmente, além de deixá-lo à margem dos seus direitos, ainda que não seja público alvo do Atendimento Educacional Especializado, mas na perspectiva da educação inclusiva.