Para se construir uma escola inclusiva é fundamental repensar suas estruturas, de maneira a garantir a qualidade do ensino a todos os seus alunos. Para isso, podem ser necessárias adaptações curriculares, que correspondem a uma maneira de atender às necessidades educacionais específicas dos alunos, oportunizando a todos a apropriação dos conhecimentos escolares e a sua inclusão no processo de ensino-aprendizagem. Estas devem fazer parte do planejamento da escola, a partir de seu Projeto Político Pedagógico. Este documento deve expressar as intenções da escola a respeito da inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais nas salas regulares. O presente estudo teve como objetivo analisar se o Projeto Político Pedagógico das escolas contemplam um planejamento que leve em consideração pressupostos de uma educação inclusiva. Por meio de pesquisa documental, com abordagem qualitativa, o estudo foi realizado nas nove escolas estaduais do município de Fernandópolis-SP, a partir da análise dos nove Projetos Políticos Pedagógicos destas escolas. A partir desta análise, concluiu-se que os Projetos Políticos Pedagógicos das escolas constituem-se muitas vezes como documentos burocráticos contemplando o planejamento a respeito da educação inclusiva de maneira superficial, e as adaptações curriculares em poucos casos.