A narrativa descrita neste artigo faz um convite aos educadores envolvidos com a educação infantil das instituições de ensino das diferentes regiões do Brasil, responsáveis pela educação de crianças do ensino fundamental menor, sobretudo na região Nordeste, trazendo à tona um diálogo que abrange o trabalho pedagógico, cujo conteúdo se volta à temática com abordagem nas histórias escritas em livros ou imaginadas pelos contadores de histórias. O ato de contar histórias se configura como indicador efetivo que leva a criança a uma situação desafiadora, pois tende a fortalecer os vínculos sociais, educativos e afetivos. Portanto, necessário se faz que os educadores se utilizem dessa importante ferramenta para o desenvolvimento crítico e cognitivo da criança, além de despertar nela o gosto pela leitura e, consequentemente ela possa se transformar em pequeno leitor e/ou futuro escritor, estimulando-a para o universo mágico da imaginação. As histórias contadas para crianças remontam de cerca de milhares anos desde as mais remotas civilizações. Portanto, essa era uma maneira de passar os saberes armazenados na memória dos ancestrais. Na África, berço da civilização, bem como noutros países da Europa e Ásia, as histórias eram contadas de geração a geração, pois eram muito difundidas dentro das aldeias pelo simples conhecimento empírico. Com a chegada dos povos oriundos do continente europeu e da Ásia, bem como a vinda dos escravos para o Brasil, também veio com eles todo um contexto histórico, entre os quais estavam os famosos e mirabolantes causos que foram gradativamente repassados por seus tios, pais e avós.