O presente artigo tem como pressuposto apontar algumas reflexões sobre o uso das TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) no ensino e aprendizagem de Matemática na sala de aula. A origem dessa pesquisa se deu a partir de um projeto executado na primeira série do Ensino Médio no ano de 2013 em uma escola pública de ensino regular localizada no sertão do estado da Paraíba, onde a partir da necessidade da busca de novos meios para ensinar tal conteúdo surgiu a ideia de incorporar ao mesmo os recursos tecnológicos que a escola disponibilizava no momento, na tentativa de diminuir o grau de abstração que os alunos encontravam no conteúdo sobre gráficos de funções. A temática em questão aponta-se como relevante pelo fato de que é algo inovador e propositivo, haja vista a tecnologia ser o eixo condutor de nossas relações interpessoais e nessa perspectiva percebemos a necessidade de aliá-la ao ensino de Matemática, na busca por melhorias na qualidade do ensino. Este componente curricular sendo uma ciência racional e dedutiva pode ser facilmente relacionada com a rapidez tecnológica e isso motivará os educandos a entenderem a sua aplicação cotidiana em nossas vidas. O uso de software livres como o Geogebra e o Winplot, tanto em níveis mais básicos quanto em níveis mais avançados no ensino dessa disciplina, pode favorecer um ensino mais significativo, possibilitando tanto aos docentes quanto aos discentes momentos riquíssimos dentro da sala de aula, pois são enormes as vantagens ao trabalhar conteúdos matemáticos, como por exemplo gráficos de funções usando um desses aplicativos, uma vez que o professor não possui certas habilidades manualmente para fazer as curvas que determinados gráficos exigem de uma forma bem detalhada e bem elaborada. Além disso a rapidez com que os gráficos são processados ajuda na questão do tempo que leva para abordar tal conteúdo, possibilitando ao professor trabalhar outros temas relevantes dentro de suas aulas gerando aulas mais dinâmicas e inter-relacionadas com os novos meios tecnológicos que cercam o nosso meio tanto dentro como fora do ambiente escolar. O referencial que embasa este trabalho é dado a partir das reflexões de alguns autores, como: Almeida (2005), que discute sobre a tecnologia na escola e a importância que há em associá-la com a prática pedagógica; Blanco (1999) que fala sobre a comunicação interativa e foca sobre o surgimento de novos tipos de sociedades com o advento da tecnologia, como a “sociedade em rede”, onde os novos meios tecnológicos favoreceram essas novas denominações; e Costa (2010) que discute sobre algumas reflexões e práticas no dia a dia da sala de aula e comenta sobre as mudanças tecnológicas que aconteceram no mundo nos últimos anos, onde a maior parte das crianças e jovens atualmente vivem imersos na cultura digital e usufruir de tais recursos na sala de aula pode levar a formação de uma geração de crianças e jovens mais comprometidos com o fazer escolar.