Ensino e pesquisa são faces do conhecimento que estão intimamente ligadas, ora, não há produção do conhecimento sem pesquisa, conhecimento este discutido na prática do ensino, logo, enriquecido. Contudo, tal proximidade tem sofrido uma crise por conta do distanciamento existente entre o conhecimento em História produzido nas Universidades e aquele que é discutido na sala de aula do ensino básico, tal acusação é feita por Rüsen (1987) quando afirma que com o surgimento do método de pesquisa histórico introduzido pela escola positivista rankiana fez com que a História deixasse de tratar aspectos práticos da vida humana e priorizasse abordagens mais teóricas e abstratas de uma ciência especializada. Ao analisar o caso alemão, Rüsen (1987) afirma que tal visão da História repercute hoje ao diagnosticar um foço de distanciamento entre o pesquisador e o professor, este último, muitas vezes, reproduzindo o conhecimento produzido por aquele, depositando conhecimento em receptáculos intelectuais, os alunos. Para Azevedo (2011), é necessário que o professor tenha uma postura de pesquisador em sua prática docente, ou seja, pesquisar não apenas o conhecimento específico da sua área, mas investigar o contexto didático-pedagógico em que está inserido, a fim de realizar um planejamento condizente com a realidade a ser abordada, avaliando sua prática cotidianamente.