Resumo: O presente trabalho reflete sobre a trajetória escolar de uma aluna negra quilombola, da cidade de Portalegre/RN, no sentido de compreender as contribuições da educação formal no fortalecimento da sua identidade. Tem por objetivo entender como a escola (e as práticas de ensino nela desenvolvidas) contribui na luta pela igualdade e fortalecimento das identidades dos povos quilombolas, considerando as políticas educacionais voltadas para esses povos e como isso se reflete na vida deles, tanto no aspecto pessoal quanto profissional. A metodologia utilizada segue o viés da pesquisa qualitativa, haja vista que o enfoque está na compreensão das implicações da relação entre educação e identidade. Para tanto, faz uso da perspectiva metodológica da autobiografia, a qual permite que os sujeitos colaboradores da pesquisa construam narrativas de si mesmos. O trabalho, nesse sentido, combina revisão teórica com pesquisa empírica. O embasamento teórico está sustentado, entre outros, nos seguintes autores: Perrenoud (1995), Brandão (2008), Gomes (2016). Ainda em fase de andamento a pesquisa nos permite assinalar como resultados e considerações preliminares, que, entendemos a escola como a principal instituição educativa formal da sociedade, deve promover práticas de ensino voltadas para a diversidade, o que permitirá que as particularidades culturais possam ser respeitadas e valorizadas. Aborda a relação entre educação e identidade a partir da narrativa de vida de uma aluna da educação básica, de origem quilombola e busca-se entender de que forma a escola contribuiu (ou não) para que a identidade (negra quilombola) dessa aluna fosse/seja fortalecida.