Resumo: Entendemos que por meio de atividades culturais as pessoas adquirem diversos conhecimentos, elevam suas autoestima, desenvolvem a prática de exercícios físicos e mentais, compartilhando com outros sujeitos as experiências vividas, além de aperfeiçoarem algumas habilidades já trazidas consigo tais como o bordado, o fuxico e a mazurca. O presente trabalho foi desenvolvido com o intuito de entender como as atividades culturais podem contribuir para a vida das pessoas idosas, assim, pretendemos observar como estas atividades se configuram através de experiências do dia-a-dia destes sujeitos e como estes se identificam como parte importante para continuidade dessa herança cultural. Para isso, confrontamos as vivências do Centro de Convivência do Idoso (apresentadas através de relatos do campo) localizado em uma cidade do agreste pernambucano, com teorias de alguns autores, teremos como foco o encontro entre os saberes, poderes, grupos sociais de idosos e pessoas envolvidas com os mesmos, incluindo o contato e a interlocução com os sujeitos. Assim, contamos com a participação de diferentes sujeitos do campo (diretora, monitores e as pessoas idosas que frequentavam o espaço). A partir disso, notamos que as atividades oferecidas pelo Centro contribuem significativamente para um reafirmamento de práticas identitárias, pois, através de diálogo acerca dos costumes do presente e passado, esses povos conseguem atribuir significados para sua participação naquele local e perpetuação de determinadas culturas. Logo, as diversas atividades desenvolvidas por esse espaço de convivência contribuem significativamente para um melhoramento da saúde dos idosos possibilitando um avivamento das culturas, então, considerando que muitos deles chegam nesses Centros de Convivência desestimulados e sem expectativas em dias melhores, percebemos que o convívio com os outros e as atividades realizadas instigam tais sujeitos a aproveitar a vida da melhor forma possível.