Neste trabalho pretendemos historicizar o processo de inserção da tecnologia computacional nas escolas do estado de Pernambuco nas décadas de 1980 e 1990, tendo por base empírica dois periódicos de grande circulação no referido Estado, além do Diário Oficial da cidade de Recife-PE. Observamos que a inserção das ferramentas computacionais ocorreu de maneira distinta no ensino público e no ensino privado. Essa diferença não diz respeito apenas a diferenças de infraestrutura, como seria de se esperar. A distinção refere-se também as expectativas geradas em torno das novas ferramentas. Ao ensino público cabia formar mão de obra, ao ensino privado, cabia estimular novas e estimulantes formas de interagir com o mundo. Observamos ainda o papel do educador nesse processo, muitas vezes visto como um elemento passivo nesse momento de transição de ferramentas de trabalho. Concluímos corroborando a importância dos instrumentos que derivam da informática, mas observando a necessidade da crítica social dos instrumentos para que estes sejam melhor aproveitados no cotidiano escolar