O presente artigo propõe-se a discutir a formação do trabalhador no Brasil construindo um diálogo entre conceitos como: a teoria do capital humano, instaurada na década de 1960 e a pedagogia das competências, propagada nos documentos do governo Fernando Henrique Cardoso, na década de 1990. Diante da questão o assume-se como objetivo geral: investigar as bases econômico-pedagógicas que influenciaram a educação e a formação do trabalhador brasileiro da década de 1960, no intuito de compreender a teoria do capital humano, e na década de 1990, para elucidar as propostas contidas na pedagogia das competências. Como objetivos específicos: reconhecer como a formação humana acontece nos momentos de crise enfrentados pela sociedade capitalista; perceber a importância da formação do trabalhador numa perspectiva ontológica do trabalho. O presente trabalho resulta de uma revisão de literatura baseada em autores como Saviani, Kuenzer, Frigotto e Ramos, que abordam a formação humana numa perspectiva do materialismo histórico-dialético. Decorrida a análise proposta percebeu-se que a educação no modo de produção capitalista, desconsidera o trabalho enquanto princípio ontológico do ser, o que consequentemente impossibilita os indivíduos a superarem a alienação presente no trabalho e avançar no campo da emancipação da classe trabalhadora.