SILVA, Rebeca Xavier Linhares et al.. Artrite reumatoide: um legado do vírus chikungunya. Anais I CONBRACIS... Campina Grande: Realize Editora, 2016. Disponível em: <http://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/18906>. Acesso em: 23/12/2024 05:37
Nos últimos anos, o Brasil experimentou um surto de uma doença até então inédita no território nacional: o Chikungunya. Até março de 2016 já foram comprovados mais de 13.000 casos, principalmente na região Nordeste. Esse vírus, oriundo da África já se espalhou por diversas regiões do globo e atualmente representa um desafio para os serviços de saúde pública. Além dos sintomas agudos, como febre alta, erupção cutânea, dores de cabeça, dor nas articulações e mialgia, o Chikungunya apresenta manifestações clínicas a longo prazo, como monoartrites, poliartrites, podendo até mesmo desencadear artrite reumatoide. Apesar de o Chikungunya ter sido descrito há mais de 60 anos, ainda há poucos estudos sobre o processo inflamatório, melhores formas de tratamento, e disseminação na comunidade científica que permita um rápido diagnóstico. Esse trabalho visa reunir informações de manifestações reumáticas pós-Chikungunya na literatura internacional, a partir da revisão bibliográfica de 10 artigos selecionados através de busca no banco de dados da Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline) e o Boletim Epidemiológico da Semana epidemiológica 9 de 2016, a fim de apontar a febre Chikungunya como potencial fator etiológico de doenças articulares crônica, dando-se ênfase a artrite reumatoide. Entender os mecanismos pró-inflamatórios é importante para minimizar os efeitos que sucedem a fase aguda da infecção por este vírus.