O presente artigo buscou conhecer o processo em que se deu a inserção das mulheres na educação em Parintins-Am, tendo como locus a história da educação local, tempo/ espaço, investigados no Projeto -lei nº 75 de 14 de dezembro de 1857. Nosso objetivo foi conhecer a partir das narrativas de mulheres sobre este direito assegurado para que as mesmas pudessem estudar durante o período provincial. A metodologia utilizada foi a pesquisa documental, tendo como técnica de coleta de dados a entrevista narrativa com mulheres sobre esta conquista na contemporaneidade, além da ampla análise sobre bibliografias que abordam o tema, requerendo um estudo mais amplo dos fatos que levaram a tal inserção. Nossos resultados apontam que a mulher ao longo desse processo histórico foi sujeitada em função do autoritarismo masculino que há muito submetera a tal condição já que a sociedade na época concebia a mulher apenas para o casamento, ou para a vida religiosa, ou para o trabalho doméstico e escravo, práticas que precisavam de pouca ou nenhuma educação escolar uma vez que a idealização da mulher sempre esteve no imaginário social e tal idealização não passava apenas pela afirmação da beleza feminina, sem as incluir, antes, os diversos papéis que elas podiam ocupar na sociedade, e diante disso contextualizar principalmente sua atuação enquanto mulher no contexto histórico amazônico e parintinense.