Devido as barreiras e preconceitos enfrentados pelos alunos no processo de acessibilidade da casa do Estudante, lutas pela permanência, efetivação de direitos negados dependendo da situação de cada acadêmico que busca assistência estudantil, como no caso de acadêmicos oriundos de outro estado, se fez necessário de compreender o próprio cotidiano, origem e anseios dos acadêmicos moradores da casa e pontuar as peculiaridades dessas relações. Desta forma este artigo propõe compreender e analisar as relações constituídas dentro da Casa do estudante CESP –UEA como espaço de saberes distintos, advindo das trajetórias, vivência e lutas políticas dos moradores da casa do estudante do Centro de Estudo Superiores de Parintins-CESP, a partir das narrativas orais de dois moradores, coletadas mediante entrevistas. Para nos auxiliar nesse processo utilizaremos a História Oral, pois, esta permitiu-nos lidar com agentes diretos desse processo. Realizamos as entrevistas onde os alunos puderam compartilhar suas vivências, em seguida trabalhamos na transcrição das entrevistas e a contextualização a partir dos teóricos. Mediante a análise das entrevistas, percebeu-se as diversas dificuldades enfrentadas até se adentrar na casa e a partir da entrada na casa configuram-se um outro cenário em que o espaço de convivência possibilita troca de saberes, compreensão de si e do outro, observou-se também nos moradores o desejo de lutas por melhorias tanto nas estruturas físicas, sociais e nas relações com a instituição. O ambiente propicia uma teia de conhecimentos, essas trocas de conhecimentos e experiências permitem um olhar diferente para todas as áreas, possibilitando saberes que os moradores levarão para toda a vida.