Este trabalho trata de uma experiência em sala de aula, vivenciada por monitores do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do Instituto Federal do Ceará. Discorre-se aqui sobre a realização do minicurso de Matemática Financeira em uma turma de ensino médio em uma escola estadual de Fortaleza. Buscou-se explorar a ludicidade e a inserção do cotidiano financeiro do mundo real como facilitadores da aprendizagem. Segundo Almeida (2000), a atividade lúdica é indispensável à prática educativa. Nesse pensamento, o objetivo maior do minicurso foi ensinar os princípios básicos da Matemática Financeira de uma forma atraente aos alunos. Procurou-se também conscientizá-los de que este conteúdo é de suma importância em suas vidas e que a ele deve ser delegada maior atenção. A ideia do projeto surgiu do fato da Matemática Financeira não ter muito espaço dentro das escolas, o que se constatou a partir da observação de livros didáticos, conversas com professores e, mais explicitamente, da análise de questionários aplicados a alunos. Diante disso, enfrentamos uma situação paradoxal, já que se vive em um mundo cada vez mais capitalista. Além do mais, provas seletivas para concursos exigem com cada vez maior frequência o domínio da Matemática Financeira em níveis diversos. As estratégias utilizadas no minicurso foram variadas: uso de computadores para cálculos financeiros, construção de tabelas e gráficos de capitalização; jogos como o Tangram para ensinar porcentagem; exibição de vídeos jornalísticos sobre dívidas e renegociações; e paródias musicais envolvendo temas das aulas, inclusive com gravação de vídeo clipes. Um projeto interno ao minicurso sugeria uma competição entre equipes de alunos. As equipes deveriam garimpar na Internet um exemplo de financiamento e apresentar no último dia de aula suas palestras acerca do problema pesquisado. A melhor equipe ganharia kits escolares. Complementando a metodologia, as aulas do minicurso foram postadas no blog do PIBID. Conteúdo, dinâmicas, jogos, vídeos e desafios dispostos no site visavam aumentar a interação entre alunos e monitores e assim, expandir o projeto. Houve uma excelente participação dos alunos nas páginas da Internet. A grande interação e o dinamismo marcaram positivamente este minicurso, já que foi possível perceber o quanto os alunos se envolveram nas aulas e principalmente, o quanto se esforçaram na apresentação do trabalho final. Este êxito também pôde ser observado através das avaliações teóricas de conteúdo aplicadas no início e no fim do curso. Excelentes resultados foram obtidos no que se refere à motivação causada pela metodologia implantada, já que no questionário de satisfação aplicado ao fim dos trabalhos, os alunos se revelaram muito satisfeitos com as experiências realizadas. Diante dessa vivência pedagógica, conclui-se que sempre é possível levar algo interessante ao ensino da Matemática e que, por vezes, as metodologias lúdicas são bastante proveitosas.