A construção do conhecimento do aluno no ensino-aprendizagem da matemática ainda se dá, na maioria das vezes, de maneira estanque, isolada, repetitiva e sem aplicações com situações reais do cotidiano, distanciando uma aprendizagem com sentido e significado. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais da Matemática (1998) “as situações de aprendizagem precisam estar centradas na construção de significados, na elaboração de estratégias e na resolução de problemas”. Esses significados perpassam pela idéia de um ensino em que o aluno tenha a possibilidade e condições necessárias para tornar-se sujeito crítico e autônomo ampliando sua capacidade de interação com os saberes escolares e sua visão de mundo. Torna-se um desafio para o professor estabelecer essas aproximações com os alunos do terceiro ciclo do Ensino Fundamental, uma vez que sentimentos como medo e insegurança com o novo são freqüentes nas crianças e adolescentes que iniciam este ciclo, marcado por novas convivências e organização escolar, porém, faz-se necessário refletir sobre valores que corroborem com a “confiança entre o aluno e o professor e entre os próprios alunos, fazendo com que a aprendizagem seja vivenciada como uma experiência progressiva, interessante e formativa, apoiada na ação, na descoberta..,” assim como nos aponta os PCNs da Matemática (1998). A construção da aprendizagem significativa no terceiro ciclo do Ensino Fundamental fortalece as relações de interação entre professor e aluno porque promove a discussão, a intervenção, a expressão e o interesse entre os sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem. O ato de ensinar precisa se apoiar em concepções pedagógicas inovadoras atribuindo-o sentido e valor e contribuindo com êxito na formação dos aprendizes. Para Boeri e Viana (2009, p.10) “se queremos uma educação inovadora, precisamos conceber a matemática em sala de aula como um processo de construção, em que o aluno percorre um caminho por meios próprios, com tentativas e erros e com uma orientação sem dogmatismos”. Essa premissa nos aponta a importância de considerar o erro dos alunos como diagnóstico e não como punição ou classificação, viabilizando através de estratégias didáticas condições de superação; “nem sempre o erro é originado de uma incompreensão ou de uma dificuldade” (GITIRANA, 2008, p.64). Contudo, acreditamos que é preciso tornar o ensino-aprendizagem da matemática mais dinâmico, atrativo e criativo ajudando o aluno a desenvolver valores e pensamento crítico, como também sua confiança no potencial mental e raciocínio lógico.