A preocupação em estudar o “meio” e as relações que nele se estruturam e que são estruturas por este, sempre esteve na pauta dos estudos geográficos. Este artigo defende que é preponderante o conhecimento e o cuidado do/com o ambiente do qual a humanidade faz parte e necessita em grande medida para (sobre)viver. Nesse sentido, do ponto de vista de sua construção e configuração, o “meio” é encarado, no exercício em tela, a partir da relação natureza e sociedade conjuntamente. Defende-se, pois, que esta ação tenha relevância tanto para os sujeitos que a planejam como para a comunidade e o espaço a ser examinado e que esta metodologia seja pautada no dinamismo, flexibilidade e planejamento. Sendo também capaz de fornecer uma visão integrada, consciente e reflexiva das realidades vividas espacialmente. Destarte, acredita-se que potencializar os sujeitos por meio da mobilização, sensibilização, conscientização e a partir da percepção espacial, se torna uma empreitada louvável ao exame do espaço, que encontra nos procedimentos metodológicos do Estudo do Meio um celeiro propício capaz de estabelece elos entre a prática de Ensino em Geografia e a Educação Ambiental. Pensando assim, o estudo em tela tem, na sua natureza, a preocupação com uma proposição nos níveis teórico, metodológico e prático, que viabilize um diálogo entre o conhecimento geográfico e a Educação Ambiental. Incentivando esse diálogo como objetivo da discussão, encontra no Estudo do Meio um celeiro propício pelo arranjo desses três níveis na configuração do exercício acadêmico e da prática pedagógica em Geografia. Para tanto, dentre as técnicas de pesquisas que validam o trabalho científico, a metodologia deste artigo está pautada na pesquisa bibliográfica. Isso dito, acredita-se que a validade do conhecimento científico se dá, em grande medida, pelo arranjo teórico, prático e metodológico que a pesquisa obedece na configuração do exercício acadêmico.