Os baixos índices de cobertura vacinal no Brasil, 39,93%, e, especialmente, no Estado do Rio de Janeiro, 30,98% (segundo pior índice do país), têm provocado debates sobre o risco de recrudescimento de doenças. A redução da adesão da população às campanhas de vacinação e na procura ativa por postos de vacinação pode ter relação com a disseminação em massa de desinformação através das redes sociais. Este trabalho foi realizado durante as aulas de ciências com estudantes do 9º ano do ensino fundamental da Escola Paroquial do Loteamento Samambaia, escola pública da rede municipal localizada no munícipio de Petrópolis/RJ. O objetivo deste trabalho foi realizar o levantamento dos elementos argumentativos utilizados pela comunidade escolar para rejeitar a vacinação e pesquisar a adequação esses argumentos diante do conhecimento científico atual. Utilizando a metodologia de Ensino por Investigação os alunos foram orientados, inicialmente, a buscar textos de divulgação científica que tratam do funcionamento dos imunizantes que estão disponíveis em diferentes mídias, visando construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações. Em uma etapa subsequente, foi solicitado que produzissem material para diversas mídias e tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) que fossem capazes de elucidar as informações sobre o tema. Uma das estratégias adotadas foi estabelecer parceria com a Secretaria de Saúde para a montagem de um posto de saúde volante na própria unidade escolar, promovendo a vacinação no ambiente escolar. Os resultados foram obtidos através de entrevistas e indicam uma mudança no nível de aceitação e aumento da confiança nas vacinas administradas pelo SUS.