Neste resumo pretendemos apresentar um relato de experiência das estudantes do curso de Licenciatura em Pedagogia da UFRPE na realização do Seminário sobre Jogos e Brincadeiras Afro Indígenas no Fortalecimento das Relações Étnico-Raciais, ocorrido na disciplina de Educação das Relações Étnico-Raciais. O racismo ainda está presente na nossa sociedade e por esse motivo o artigo 26-A da LDB, ao incluir a obrigatoriedade da história e cultura afro-indígenas, pretende que se tenham práticas antiracistas nas escolas brasileiras e o seminário foi pensado como uma proposta para refletir sobre ações que atuem nessa perspectiva. Foi apresentado em duas turmas do curso de Pedagogia da mesma universidade e foi dividido em dois momentos: o primeiro refere-se a um diálogo inicial com as turmas para apresentação de concepções fundamentais ao tema, e o segundo a realização prática de dois jogos (Adugo e Mancala) e três brincadeiras (Terra-Mar, Gavião e passarinho e Concentração ao número) de origem indígena e africana. No diálogo inicial apresentamos as concepções de jogos, brincadeiras e brinquedos que embasaram nossas ações, fundamentadas nas contribuições da obra de Kishimoto (2001), e exploramos os conhecimentos prévios dos(as) participantes sobre jogos e brincadeiras afro-indígenas popularmente praticadas mas de origem desconhecida. O brincar promove, no desenvolvimento infantil, certo nível de familiaridade com diferentes culturas, posições sociais e profissões, por isso, consideramos de extrema importância a inclusão dessas dinâmicas no contexto escolar para refletir com os(as) estudantes sobre as diferenças e desigualdades existentes em nossa sociedade. De maneira criativa e divertida podemos alcançar a ressignificação de práticas discriminatórias e estereotipadas, na interação com os outros, como pode-se observar nas atividades desenvolvidas.