Artigo Anais IV ENID / UEPB

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-7379

AS CONTRIBUIÇÕES DE VYGOTSKY PARA A PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO.

Palavra-chaves: EDUCAÇÃO, PSICOLOGIA, APRENDIZAGEM Comunicação Oral (CO) O exercício da Pedagogia: possibilidades participativas na Educação Básica
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A Psicologia não pretende colocar-se como a ciência que determina o que é normal ou patológico e que define critérios de avaliação do desenvolvimento infantil. Construir objetos de pesquisa com a Educação (e não para a Educação) e entender o contexto educativo como um microssistema social é o que deve buscar a Psicologia em sua relação com a EducaçãoÉ inegável a contribuição de Lev Semenovich Vygotsky para a educação, com mudanças significativas no campo educacional tanto nacional quanto mundial, uma vez que transformou a visão arcaica de muitos educadores o processo de aprendizagem dos indivíduos.Seus estudos têm como base o desenvolvimento do indivíduo como resultado do processo sócio-histórico o papel da linguagem e da aprendizagem neste processo, ou seja, Vygotsky acreditava que desenvolvimento e a aprendizagem ocorrem juntas, defende a ideia de que a aprendizagem é adquirida na vida em sociedade, na escola, pela vivência de cada experiência individual e coletiva.Alerta que é preciso valorizar os diferentes tipos de conhecimentos, articulando-os com a educação escolar. Mostrou que as interações sociais são construídas a partir da inserção dos indivíduos no universo histórico-cultural, onde a família, escola, comunidade e seus elementos constituintes fazem parte desse universo histórico-cultural, servindo de elo intermediário entre o sujeito e o objeto de conhecimento. A interação além de possibilitar ações, trocas entre o sujeito e o objeto de conhecimento, é fundamental para realizar-se um ensino mais significativo, tanto para quem aprende como para quem ensina.Os pressupostos Vygotskyano, apesar de formulados na década de 1930, continuam atuais e coincide-se com muitos dos objetivos da escola do século XXI, que prega a importância de desenvolver-se o educando de forma global. Isso implica que há grande necessidade de se enriquecer o ambiente de aprendizagem, usando recursos e meios para que a educação não seja uma prática estanque como ocorria na escola tradicional, em que o ensino se pautava na decoreba.De certo modo, pode-se dizer que os estudos de Vygotsky influenciaram o pensamento de Morim que além de criticar a escola tradicional, também valoriza o outro e o meio como elemento essencial para quebrar a influência do tradicionalismo nas salas de aula.Os aspectos trabalhados por Vygotsky no campo da linguagem demonstram sua importância por implicar diferentes possibilidades de dialogicidade, de interação verbal, de expressão do pensamento por meio da linguagem, de contato e manipulação dos mais variados portadores de texto, ou seja, é no exercício da linguagem que os sujeitos se desenvolvem. As diferentes possibilidades de diálogo - entre adulto, educador/aluno, entre aluno e seus pares, assumindo fator essencial a seu desenvolvimento linguístico.Lendo as obras de Vygotsky notamos que além da preocupação em buscar novos paradigmas para a compreensão da psique humana, ele propôs novas metodologias de intervenção que precisa fazer parte de nosso rol de conhecimentos pedagógicos, um bom professor não é aquele que domina a matéria, mas o que ousa buscar novas formas de ensinar, de compreender a subjetividade que circunda os sujeitos, e que de forma subliminar está presente nas salas de aula.Em sua obra, Vygotsky defende a ideia de que não há um desenvolvimento pronto e previsto dentro dos sujeitos, esses conhecimentos estão em um processo de constantes transformações, por que a cada dia recebemos novas informações que devem ser processadas e reorganizadas no cognitivo de maneira satisfatória para somar ou modificar a visão de mundo adquirida. E é a partir dessa nova forma de compreender os sujeitos que certamente teremos a oportunidade de contribuir efetivamente com a educação.A diferença mais nítida entre a teoria de Vygotsky e Piaget refere-se ao papel da linguagem no desenvolvimento intelectual. Vygotsky trata a aquisição da linguagem do meio social como o resultado entre raciocínio e pensamento em nível intelectual, enquanto Piaget considerou a linguagem falada como manifestação da função simbólica, quando o indivíduo emprega a capacidade de empregar símbolos para representar, o que reflete o desenvolvimento intelectual, mas não o produz (Fowler 1994). Piaget considerou a linguagem como facilitadora, mas não como necessária ao desenvolvimento intelectual. Para ele, a linguagem reflete, mas não produz inteligência. A única maneira de avançar a um nível intelectual mais elevado não é na linguagem com suas representações, mas através da ação. (Fowler 1994, p.8).Vygotsky (1987) faz uma diferenciação entre processos psicológicos, superiores rudimentares e processos psicológicos avançados. Nos primeiros, ele colocaria a linguagem oral, como processo psicológico superior adquirido na vida social mais extensa e por toda a espécie, e sendo produzido pela internalização de atividades sociais, através da fala. A interação e a linguagem têm um importante destaque no pensamento de Vygotsky, uma vez que irão contribuir no desenvolvimento dos processos psicológicos, por meio da ação. Vygotsky substituiu os instrumentos de trabalho por instrumentos psicológicos, explicando desta forma, a evolução dos processos naturais até alcançar os processos mentais superiores, por isso, a linguagem, instrumento de imenso poder, assegura que significados linguisticamente criados sejam significados sociais e compartilhados. Vygotsky atribui importância a linguagem, pois além da função comunicativa, ela é essencial no processo de transição do interpessoal em intramental; na formação do pensamento e da consciência; na organização e planejamento da ação; na regulação do comportamento e, em todas as demais funções psíquicas superiores do sujeito, como vontade, memória e atenção., qualidade social e avaliação emancipatória. Em face às discussões apresentadas no decorrer do trabalho, cremos ser lícito concluir que as ideias de Piaget representam um salto qualitativo na compreensão do desenvolvimento humano, na medida em que é evidenciada uma tentativa de integração  entre o sujeito e o mundo que o circunda."
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Isso implica que há grande necessidade de se enriquecer o ambiente de aprendizagem, usando recursos e meios para que a educação não seja uma prática estanque como ocorria na escola tradicional, em que o ensino se pautava na decoreba.De certo modo, pode-se dizer que os estudos de Vygotsky influenciaram o pensamento de Morim que além de criticar a escola tradicional, também valoriza o outro e o meio como elemento essencial para quebrar a influência do tradicionalismo nas salas de aula.Os aspectos trabalhados por Vygotsky no campo da linguagem demonstram sua importância por implicar diferentes possibilidades de dialogicidade, de interação verbal, de expressão do pensamento por meio da linguagem, de contato e manipulação dos mais variados portadores de texto, ou seja, é no exercício da linguagem que os sujeitos se desenvolvem. 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E é a partir dessa nova forma de compreender os sujeitos que certamente teremos a oportunidade de contribuir efetivamente com a educação.A diferença mais nítida entre a teoria de Vygotsky e Piaget refere-se ao papel da linguagem no desenvolvimento intelectual. Vygotsky trata a aquisição da linguagem do meio social como o resultado entre raciocínio e pensamento em nível intelectual, enquanto Piaget considerou a linguagem falada como manifestação da função simbólica, quando o indivíduo emprega a capacidade de empregar símbolos para representar, o que reflete o desenvolvimento intelectual, mas não o produz (Fowler 1994). Piaget considerou a linguagem como facilitadora, mas não como necessária ao desenvolvimento intelectual. Para ele, a linguagem reflete, mas não produz inteligência. A única maneira de avançar a um nível intelectual mais elevado não é na linguagem com suas representações, mas através da ação. 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Publicado em 21 de novembro de 2014

Resumo

A Educação, endossada pela Psicologia, passou a lidar mais facilmente com questões como indisciplina, desmotivação e dificuldades de aprendizagem, uma vez que tais questões estariam diretamente ligadas a fatores médicos, localizados no indivíduo. A relação pedagógica, o papel da escola e as relações sociais estabelecidas dentro dela ficavam, portanto, não passíveis de análise, já que as explicações sobre o “mal” comportamento e a “não-aprendizagem” encontravam-se na própria criança. Os rótulos livravam a escola de uma análise mais comprometida e a poupavam de ter que enfrentar questões nas quais o óbvio não é dado à priori e as explicações não se encontra nos consultórios médicos, mas sim numa revisão do cotidiano escolar.Atualmente a Psicologia busca um diálogo com a Educação tentando fazer parte de seu cotidiano, para que possa entender seu funcionamento a partir de dentro. A Psicologia não pretende colocar-se como a ciência que determina o que é normal ou patológico e que define critérios de avaliação do desenvolvimento infantil. Construir objetos de pesquisa com a Educação (e não para a Educação) e entender o contexto educativo como um microssistema social é o que deve buscar a Psicologia em sua relação com a EducaçãoÉ inegável a contribuição de Lev Semenovich Vygotsky para a educação, com mudanças significativas no campo educacional tanto nacional quanto mundial, uma vez que transformou a visão arcaica de muitos educadores o processo de aprendizagem dos indivíduos.Seus estudos têm como base o desenvolvimento do indivíduo como resultado do processo sócio-histórico o papel da linguagem e da aprendizagem neste processo, ou seja, Vygotsky acreditava que desenvolvimento e a aprendizagem ocorrem juntas, defende a ideia de que a aprendizagem é adquirida na vida em sociedade, na escola, pela vivência de cada experiência individual e coletiva.Alerta que é preciso valorizar os diferentes tipos de conhecimentos, articulando-os com a educação escolar. Mostrou que as interações sociais são construídas a partir da inserção dos indivíduos no universo histórico-cultural, onde a família, escola, comunidade e seus elementos constituintes fazem parte desse universo histórico-cultural, servindo de elo intermediário entre o sujeito e o objeto de conhecimento. A interação além de possibilitar ações, trocas entre o sujeito e o objeto de conhecimento, é fundamental para realizar-se um ensino mais significativo, tanto para quem aprende como para quem ensina.Os pressupostos Vygotskyano, apesar de formulados na década de 1930, continuam atuais e coincide-se com muitos dos objetivos da escola do século XXI, que prega a importância de desenvolver-se o educando de forma global. Isso implica que há grande necessidade de se enriquecer o ambiente de aprendizagem, usando recursos e meios para que a educação não seja uma prática estanque como ocorria na escola tradicional, em que o ensino se pautava na decoreba.De certo modo, pode-se dizer que os estudos de Vygotsky influenciaram o pensamento de Morim que além de criticar a escola tradicional, também valoriza o outro e o meio como elemento essencial para quebrar a influência do tradicionalismo nas salas de aula.Os aspectos trabalhados por Vygotsky no campo da linguagem demonstram sua importância por implicar diferentes possibilidades de dialogicidade, de interação verbal, de expressão do pensamento por meio da linguagem, de contato e manipulação dos mais variados portadores de texto, ou seja, é no exercício da linguagem que os sujeitos se desenvolvem. 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