O ato de educar nos translada não somente para a imagem da escola, mas para o mundo. A prática docente movimenta um espaço-tempo que integra alteridades desvalorizadas e atravessadas. Nesse viés, ancoradas em Skliar (2015), refletimos sobre permanecer naufragando em duas águas: nas águas contaminadas da pedagogia atual; nas águas de uma pedagogia que se move para a frente. Nesse raciocínio, com Skliar (2015), problematizamos: como falar sobre a educação, sobre a prática docente, sobre possibilidades outras do ofício docente se somente levarmos em consideração a educação em seu presente depressivo ou enquanto um futuro pré-construído? O que podemos fazer para além das insistências em diagnósticos que se dividem entre um passado incomovível e um presente inadiável? Nesse sentido, e em outros possíveis, a partir da nossa experiência docente com a educação básica, esta comunicação propõe promover uma discussão inerente à prática docente, deslindando possíveis diálogos com Deleuze e Guattari (2022), Larrosa (2019), Pessoa (2019), Sílvio Gallo (2002), Skliar (2015) e Veiga-Neto (2004). No intento de desobediência à linguagem, de uma ética a propósito das existências das alunas e dos alunos das escolas públicas, e municiadas na Filosofia Deleuziana, se pretende, com o debate, discutir possibilidades outras para o ofício docente, com desprendimento dos saberes tradicionais, subestimados, subalternizados.