A proposta deste trabalho é a análise da crônica “Circuito Fechado’, de Ricardo Ramos (1998), esse texto foi escolhido pela sua “carpintaria” textual: uma sequência de substantivos que corroboram para uma narrativa em fluxo frenético. O objetivo desta análise é ratificar o conceito de texto defendido por Koch (2005, 2015 e 2016) e de Lévy (1996). Dessa forma, a análise da crônica “Circuito Fechado” orienta-se com o pressuposto de que autor, texto e leitor são agentes de uma ação dialética capaz de cruzar vários discursos e linguagens proporcionando inúmeras possibilidades de mediação e interações sociais e culturais geradoras de conhecimento. Trata-se de uma tarefa complexa, visto que o texto é ambiente para a interação dialógica de sujeitos sociais (autor-leitor), os quais se constituem e são constituídos no texto. A análise também é fundamentada pelos pressupostos teóricos de Geraldi (2002), Klemain(2004) e outros autores.