O acesso à educação superior em igualdade de condições e oportunidades é estabelecida como um direito fundamental da pessoa com deficiência pela Lei Brasileira de Inclusão (BRASIL, 2015). Contudo, contrariando o postulado no marco regulatório brasileiro é possível identificar práticas capacitistas que levam as pessoas com deficiência a processos de exclusão na educação superior (LORANDI, 2021). Tal prática é fruto da influência do modelo biomédico e das ideias eugenistas acerca da deficiência (LIMA; FERREIRA; LOPES, 2020). Nesse sentido, o presente estudo objetiva estabelecer aproximações entre capacitismo, eugenia e educação superior com base nas experiências capacitistas vivenciadas por estudantes com deficiência nessa fase de ensino, a partir de uma pesquisa bibliográfica em periódicos de alto impacto que discutem os estudos sobre a deficiência. Para tanto, serão selecionados artigos publicados entre 2016 e 2022 que visibilizam, por meio das vozes dos próprios estudantes com deficiência da educação superior, experiências capacitistas. Acreditamos que este estudo é de fundamental importância no âmbito acadêmico, no sentido de ampliar discussões no tocante à educação das pessoas com deficiência frente ao contexto de combate ao capacitismo e ao eugenismo e, com isso, viabilizar condições necessárias para um processo digno de acesso, permanência, participação e aprendizagem na educação superior através da implementação de políticas de inclusão e acessibilidade, respeitando concretamente os princípios essenciais contidos na legislação, a fim de tornar uma sociedade mais equânime.