Este trabalho detectou a presença de padrões de desigualdade de gênero ao estudar o financiamento realizado pela principal agência de fomento à ciência no Brasil, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Verificou-se que os números absolutos de financiamentos às mulheres aumentaram ao longo do tempo, mas há indícios da presença de padrões de desigualdade de gênero na forma de subfinanciamento do valor em projetos de pesquisa, principalmente naqueles de maior monta, e na forma de menor presença em cargos de liderança. Percebe-se que tais padrões podem ser perpetuados pela desigualdade na distribuição de gêneros nos maiores responsáveis por avaliar os projetos (Bolsistas Produtividade).