O estudo objetiva compreender o modo e as circunstâncias em que se deu a expansão dos cursos normais no Estado da Paraíba no período de 1930 a 1960. Para tanto, adotou-se os referenciais teóricos metodológicos da História Cultural, sobretudo no tocante a ampliação do olhar para os arquivos, uso e tratamento das fontes documentais, problematizando-as pelas questões: o quantitativo de cursos normais públicos, privados e filantrópicos na Paraíba e o posicionamento governamental em relação a formação docente; E, as circunstâncias em que se deu a criação dos cursos normais nos diferentes municípios, situando as instituições em que estes funcionaram. A pesquisa ocorreu nos lugares de memória, em acervos físicos e digitais (Hemeroteca Digital e repositórios institucionais, entre outros). Foram identificadas 21 instituições devotadas ao ensino normal, em diferentes municípios do Estado da Paraíba até 1959. Entre essas, constatou-se apenas 01 pública, a Escola Normal de João Pessoa, e 20 instituições particulares e subvencionadas pelo governo, assim distribuídas: 03 eram laicas e 17 confessionais, sendo 14 colégios dirigidos por freiras e 03 por párocos locais. Conclui-se então, que os cursos normais eram ofertados majoritariamente por escolas confessionais, católicas e dedicadas à educação feminina. Percebe-se ações intencionais por parte do Estado, em defesa da catolicidade, firmando-se aí, uma aliança na tríade estado/catolicismo/setor privado, que fortalecia a união entre educação e religião, a fim formar as novas gerações assentadas em valores morais, cristãos e católicos.