O presente trabalho tem como objetivo apresentar a integração metodológica na pesquisa científica, buscando evidenciar aspectos do cotidiano na área da Educação em Saúde. O cotidiano, como o próprio nome tende a sugerir, é um espaço-tempo contínuo, habitual, do dia a dia daqueles que fazem parte dele, marcado pela complexidade, volatilidade e, ainda, pelas similitudes e não similitudes dadas pelas relações dos atores sociais. Lugar onde o que é esperado cede espaço para o imprevisto. Portanto, abre possibilidades no momento em que estabelece a busca de outros caminhos e outras resoluções a serem tomadas especialmente nas pesquisas qualitativas. A partir desse entendimento, toda e qualquer tentativa de engessamento de/no fazer pesquisa nesse espaço-tempo poderá ser invalidada pelas redes cotidianas de saberes-fazeres dos atores sociais. Diante disso, busca-se, analisar as redes e partilhas que se estabelecem nas relações entre os atores sociais, a fim de apreender discursos que possibilitem condições para a compreensão do ‘ser’ obeso por meio da integração da abordagem teórico-metodológico da Teoria das Representações Sociais Moscovici (1981); Sá (1995); Alves-Mazzotti (2008); Souza (2008) e da abordagem teórico-político-epistemológico-metodológica de pesquisano/do/com o cotidiano Garcia (2003); Ferraço (2005, 2008); Alves (2010); Ferraço e Carvalho (2012); Oliveira (2012). A análise teórica, mediante uma revisão integrativa de literatura nas bases Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Literatura Latino-Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (MEDLINE) e Scientific Eletronic Library Online (SCIELO) que permite-nos refletir sobre as diferentes compreensões que acercam às possibilidades dos estudos multi-métodos para discutir sobre questões como a obesidade que tem se intensificado cada vez mais, nos últimos anos, principalmente por conta da alimentação inadequada; ao comportamento alimentar da população, influenciado pelo estilo de vida adotado e aos fatores de risco das Doenças Crônicas Não Transmissíveis.