A criança está inserida na cultura, pensa sobre ela, produz significados, interroga o mundo. Isto é, formula hipóteses, tece interrogações sobre os fenômenos e acontecimentos que vivencia, observa, relaciona, compara, confronta ideias e, assim, vai constituindo e consolidando seu pensamento. Deste modo, coloca em ação suas estruturas mentais cognitivas para apreender e construir conceitos. Deste modo, o presente artigo busca evidenciar as possibilidades para o desenvolvimento de conceitos matemáticos na Educação infantil, considerando a investigação, as experiências e as brincadeiras. É oportuno destacar que a cada experiência as crianças interagem com os objetos buscando conexões com seus repertórios internos, traçando soluções e respostas que vão sendo aprimoradas pela mediação docente, bem como, pela apropriação desses conhecimentos. É de nosso interesse também discutir o papel da mediação docente frente às situações de aprendizagem que planeja a partir dos campos de experiência. Neste sentido, buscamos em Piaget (1976; 1996), Constance Kamii (2012), Kátia Smole (2000; 2001), Priscila Monteiro (2010, 2019), Délia Lerner (2002) entre outros pesquisadores nosso alicerce teórico e metodológico. Por fim, evidencia-se que pensar a Matemática na Educação Infantil é compreender um processo dinâmico, contínuo e sistemático de assimilação, interrogação e transformação do conhecimento. É também, estruturar ações, experiências e propostas que corroborem e reconheçam o potencial e os saberes das crianças. Ou seja, é necessário que a ação docente esteja ancorada em contextos significativos de aprendizagem que tenham sentido na vida das crianças e que potencialize as capacidades que constituem as infâncias.