Na Educação Infantil desenvolvem-se habilidades e competências essenciais para a continuidade do ensino e que favorecem a aplicação dos conhecimentos nos demais contextos. Contudo, pode muitas vezes não ter a sua significação aparente, sendo analisada como uma etapa desnecessária, sem finalidade pedagógica, ou somente como um preparo para as etapas seguintes. Diante disso, precisa-se reconhecer a relação entre os aspectos físicos, afetivos, sociais, emocionais e cognitivos, de modo que a criança sinta segurança, estabeleça vínculos, e, assim, seja atribuída intencionalidade às suas vivências escolares. Portanto, o presente artigo pretende analisar a organização do tempo, do espaço e da rotina professor-criança, criança-criança, e o vínculo família-escola, como meios para o desenvolvimento psicossocial da criança e de sua autonomia. Pautou-se em estudos bibliográficos, acerca das perspectivas de autores como COLLARES (2003), CUNHA (2010) NAVARRO & PRODÓCIMO (2012) e FILGUEIRAS (2010), que discutem, respectivamente, a respeito da criança como o centro da construção das suas experiências, da afetividade, da ludicidade, e dos espaços, como instrumentos pedagógicos. Evidencia-se que, apesar do reconhecimento legal e dos estudos realizados acerca do valor da Educação Infantil e de sua imprescindibilidade para o desenvolvimento, opiniões que a anulam e menosprezam as atividades realizadas com as crianças nessa etapa, continuam a se fazer presente, a exemplo disso, as brincadeiras, que não são reconhecidas como uma forma de aprendizagem e interpretação dos acontecimentos. Na Educação Infantil, a criança tem o seu primeiro contato para além do círculo familiar, portanto, a todo momento as crianças convivem e socializam com os seus pares, a cada instante se reconhecem regras, se instiga o respeito e demonstra-se a liberdade, e a criança analisa o seu comportamento, construindo-o para o mundo real.