A suspensão das aulas presenciais foi uma das primeiras medidas assumidas globalmente para conter o avanço da pandemia de Covid 19. Como alternativa de continuidade, após um período de pausa inicial, o ensino remoto foi a opção tomada em diferentes países, entre eles o Brasil, para o prosseguimento do ano letivo. Nesse arranjo de ensino, as tecnologias se tornaram determinantes e ocorreram mudanças representativas de ordem didática, metodológica e estrutural, que se fizeram acompanhar por benefícios de continuidade e também por reflexos negativos, sobretudo evasão, acentuados pelas assimetrias socioeconômicas nacionais. O objetivo deste artigo foi revisar a literatura acerca da pandemia de Covid 19 frente à evasão na educação pública nacional, sob enfoque da Educação Básica. Foi realizada uma revisão bibliográfica, qualitativa, na literatura preferencialmente divulgada entre os anos de 2019-2021, extraída de bases impressas e digitais como Biblioteca Digital da Produção Intelectual, Dedalus, Educ@, Institute of Education Science, Portal Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Redalyc e Scientific Electronic Library Online, com o uso dos descritores “Covid 19”, “evasão” e “educação”. Foi observado que a pandemia de Covid 19 reconfigurou à docência e trouxe crescente necessidade de domínio/acesso às tecnologias por professores e alunos, fenômeno desafiador a ambientes de desigualdade socioeconômica. O acesso tecnológico e o apoio ao ensino e aprendizagem, sobretudo familiar, se mostraram determinantes contra a evasão, um fenômeno multifatorial passível de redução a partir do fortalecimento do vínculo escolar, atuação docente e suporte contra assimetrias de acesso tecnológico.