O presente trabalho objetiva analisar as principais diretrizes para internacionalização concernentes à pós-graduação stricto sensu no Brasil. Para tanto analisamos os principais documentos norteadores para a pós-graduação no país (PNPGs, PNE (2014-2024) e Livro Azul do MCTI (2010). A internacionalização é considerada uma grande tendência na pós-graduação, visto que esse nível de ensino é considerado lócus de produção do conhecimento. A internacionalização é definida como o processo de integrar a dimensão internacional às funções de docência, pesquisa e serviço que as instituições de ensino superior desempenham. Esse conceito compreende a internacionalização articulada às funções e atividades desempenhadas pelas instituições. Os documentos de planejamento são de fundamental importância para compreender como foram se configurando as políticas de internacionalização da pós-graduação no Brasil. Indicam os caminhos e as prioridades de cada momento histórico e definem, por conseguinte, o financiamento da pós-graduação para a internacionalização. Em síntese, os documentos apontam para ampliação do atual modelo de parceria institucional, dentro de uma relação de reciprocidade e simetria entre instituições nacionais e estrangeiras. Nota-se, na atualidade, que as diretrizes para internacionalização presentes nos documentos, encontram-se inviabilizados em sua implementação, ameaçados de cortes de bolsas, com cada vez mais prejuízos para a educação nacional. Os contornos de um agressivo aprofundamento da austeridade, atuando na supressão da responsabilidade do Estado enquanto equalizador social, tem expressões latentes no campo da educação superior com repercussões na qualidade da educação e na produção do conhecimento e do desenvolvimento de ciência e tecnologia para o país.