Nos últimos anos podemos considerar que muitos avanços foram promovidos em relação ao trato da diversidade sexual, seja no âmbito social, nacional ou seja no âmbito educacional. Em 2006, iniciou-se o curso de formação de professores (nacional) com o objetivo de mobilizar os professores para as questões ligadas à diversidade sexual. O tema “Orientação Sexual”, nos Parâmetros Curriculares Nacionais, “objetiva” promover reflexões e discussões de técnicos, professores e equipes pedagógicas, com a finalidade de sistematizar a ação pedagógica no trato de questões da sexualidade. Mais sobretudo a partir do impeachment da Presidente Dilma Rousseff, a partir de dezembro de 2015, alguns movimentos produzidos numa direção contrária, como exemplo, o cancelamento da página no governo federal, o fechamento da secretaria, assessorias e departamentos ligados a diversidade sexual no âmbito estadual e municipal. Mas especificamente, diante da grave situação política que enfrentamos, quando vemos ameaçados valores e direitos humanos inegociáveis como a própria democracia, entendemos que os espaços públicos como a escola, passam a ser fortemente atacados não só enquanto instituição, mas também, enquanto espaço de produção de subjetividades, em especial neste estudo, as subjetividades relacionadas à diversidade sexual. As reflexões aqui apresentadas foram construídas a partir da pesquisa etnográfica de diário de campo, e de análise documental do plano municipal de educação do município de São Lourenço da Mata/PE. As técnicas metodológicas utilizadas como analise documental, grupo focal, análise do discurso se deu diante dos estudos de cunho qualitativo, visando contribuir a criação de uma política de formação continuada a professores da rede municipal, objetivando a exclusão da evasão escolar, homofobia, transfobia e as diversas facetas de negação das identidades LGBTQIA+ dentro das unidades educacionais do município.